Redação (13/02/2008)- A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgaram ontem novas estimativas para a safra de grãos 2007/8 – colhida neste começo de ano. Os números se assemelham, apontando para novo recorde de produção agrícola.
O IBGE apontou 136,5 milhões de toneladas. Se confirmada, a safra será 2,7% superior à obtida no ano passado. A Conab indicou 136,3 milhões de toneladas -crescimento de 3,5% em relação à safra 2006/7.
A Conab atribui o desempenho à expectativa de boa produtividade da soja e do milho da primeira safra. De soja, a previsão é colher 58,5 milhões de toneladas. De milho, 53,6 milhões de toneladas em todas as colheitas. A projeção para o feijão da primeira safra recuou 5,7% na comparação com a divulgação anterior -para 1,41 milhão de toneladas.
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De acordo com os técnicos da Conab, choveu pouco na época da plantio dessas lavouras e as chuvas se distribuíram mal no desenvolvimento das culturas nos Estados que mais se destacam na produção.
Para o feijão, os técnicos do IBGE têm avaliação diferente. Segundo eles, a produção da primeira safra deve aumentar para 1,9 milhão de toneladas.
O IBGE ressaltou que o prognóstico pode vir a não se confirmar, pois, após o levantamento, houve falta de chuvas no Nordeste, uma das principais regiões produtoras.
O Sul enfrenta os efeitos do La Nia, destacou o IBGE. O fenômeno derrubou a estimativa de produção agrícola em 5,6% na região. No restante do país, segundo o IBGE, as condições climáticas são satisfatórias.
Expansão
No caso do milho, segundo mais importante produto agrícola do país, a primeira safra deve chegar a 38,4 milhões de toneladas, segundo o IBGE. A expansão ocorreu também devido ao aumento da área plantada, na esteira da boa cotação do grão no mercado internacional. Nos EUA, maior produtor mundial, parte da safra será destinada à produção de álcool.
Segundo a Conab, toda a área da lavoura de grãos soma 46,3 milhões de hectares, 0,3% maior que a da safra 2006/7. A soja apresentou o maior crescimento, chegando a 20,88 milhões de hectares. O milho avançou para 9,68 milhões de hectares. O algodão, para 1,11 milhão de hectares. A área de feijão recuou de 1,56 milhão para 1,33 milhão de hectares. O IBGE destacou que, no caso do algodão, o crescimento da produção deve ocorrer por causa do aumento da área cultivada em Mato Grosso.
Entre as grandes regiões do país, o Sul deve se manter como a maior produtora de grãos em 2008 -58,3 milhões de toneladas, com queda de 2,6% ante 2007. Na seqüência, deve ficar o Centro-Oeste -45,9 milhões de toneladas, com alta de 4,2%.
