Redação (20/02/2008)- A cooperativa Coasul, de São João, no Sudoeste do Paraná,aguarda a aprovação de um projeto de investimentos de R$ 80 milhões junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, para iniciar a
implantação da indústria de abate e processamento de aves.
O presidente da Coasul, Paulino Fachin, em visita à Ocepar na manhã desta
terça-feira (19) afirmou que na primeira fase, a indústria vai abater 100 mil
aves por dia, cuja produção será destinada aos mercados interno e externo.
"Estamos montando um projeto de acordo com os melhores padrões de qualidade e
ambientais, o que nos permite competir com os melhores produtos existentes",
afirmou. Assim que os recursos do financiamento forem liberados, a indústria
deverá entrar em operação num período de 18 a 24 meses.
Na primeira etapa, a cooperativa vai contar com 150 aviários com tamanho
variável de 2080 a 2400 m2 cada, o que exigirá aproximadamente R$ 35 milhões em investimentos dos associados interessados. Eles poderão financiar entre 80 e
100% do custo de cada aviário, com dois anos de carência e prazo de pagamento de oito anos, a juros de 6,75% ao ano. Cada aviário custará entre R$ 220 a 250 mil, conforme o tamanho. "Já temos mais agricultores interessados do precisamos
nessa primeira etapa", frisou Paulino Fachin.
Para o presidente da cooperativa Paulino Fachin, o projeto avícola será
importante fator de geração de emprego e renda nos municípios da área de atuação da cooperativa. "Temos a matéria-prima para a ração, o milho e a soja. Vamos transformar proteína vegetal em proteína animal gerando mais emprego e renda, agregando valor à produção dos associados, com reflexo para toda a região. Vai ser um projeto de impacto", afirmou.
Uma das preocupações centrais da cooperativa é o cuidado com o meio
ambiente. Para isso, a cooperativa já resolveu o problema da água com a
escavação de um poço profundo, com 1.131 metros, que alcançou o aqüífero Guarani e com vasão de 250 mil litros/hora.
A Coasul fechou o ano com receitas de R$ 265 milhões – uma produção recorde
de cereais: 374 mil toneladas. "O ano de 2007 foi bastante positivo para a
Coasul", afirmou Paulino. O dirigente lembra as perdas sofridas pela
agricultura nas safras anteriores. "O prejuízo ficou. Agora temos uma certa
folga para pagar pelas perdas", disse. Os bons preços no mercado, no entanto,
também sinalizam custos mais elevados das próximas safras. A entrada da
cooperativa na agroindústria está sendo planejada há um bom tempo e vai ocorrer
com os pés no chão. "É uma fase muito promissora", ressalta.
Fachin, que tem longa experiência como dirigente cooperativista, tem
segurança sobre os fatores de sucesso das cooperativas: "O principal fator é a
capacitação dos funcionários", afirma. Disse também que as cooperativas
cresceram organizando a produção, preparando os produtos primários para entregar às indústrias. "Agora o caminho a ser trilhado pela cooperativa também é
transformar a proteína vegetal em proteína animal", concluiu o cooperativista.
Com informações do boletim Paraná Cooperativo, da Ocepar-Sescoop/PR.
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