Cuba comprou milhares de toneladas de frango no valor de cerca de 300 milhões de dólares dos Estados Unidos durante 2021, informou a embaixada daquele país em Havana 22 de março.
“Os Estados Unidos exportaram frango para Cuba no valor de quase 280 milhões de dólares em 2021. Note-se o aumento significativo das importações em comparação com 143 milhões de dólares em 2020 e 190 milhões de dólares em 2019”, acrescentou a delegação diplomática.
Por sua vez, o subsecretário do Departamento de Estado, Brian Nichols, declarou que no ano passado seu país exportou para a ilha produtos agrícolas no valor de 300 milhões de dólares, o que, em sua opinião, demonstra o compromisso de seu governo com o povo cubano.
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Embora Havana culpe o embargo pelos problemas econômicos da ilha, as compras de alimentos pelo regime cubano nos Estados Unidos em novembro de 2021 foram 144% maiores do que as feitas no mesmo mês de 2020.
“As exportações de produtos agrícolas e alimentos dos EUA para Cuba, em novembro de 2021, incluindo frango, soja, frutas, café, ketchup, vegetais frescos e ração animal, cresceram 144,2% em relação a novembro de 2020”, revelou o professor e economista. Pedro Monreal em sua conta no Twitter.
Monreal citou um relatório do Conselho Econômico e Comercial Estados Unidos-Cuba, detalhando que “as exportações de janeiro a novembro de 2021 foram de 276.683.109 milhões, contra 149.209.570 milhões no período de janeiro de 2020 a novembro de 2020, o que representa um aumento de 85,4% no período”.
Nesse período de 2021, os Estados Unidos exportaram 276.774 toneladas de frango para Cuba, revelou Pedro Monreal no início de janeiro, após analisar dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Monreal explicou que, nos primeiros 11 meses de 2021, os Estados Unidos exportaram carne de frango para Cuba no valor de 252,8 milhões de dólares, valor 43% superior ao valor do frango dos EUA exportado para Cuba em todo o ano de 2020. (143,7 milhões).
O embargo dos EUA a Cuba é um extenso quadro legal que proíbe e regula as relações econômicas dos EUA com este país desde 1962.
Em 1992, o embargo tornou-se lei e continuaria enquanto o governo cubano se recusasse a tomar medidas para “democratizar e mostrar mais respeito pelos direitos humanos”.
Quatro anos depois, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a Lei Helms-Burton, que restringia os cidadãos americanos de fazer negócios dentro da ilha ou com o governo cubano.
Também foram impostas restrições à prestação de ajuda pública ou privada a qualquer sucessor do governo de Havana até que pelo menos algumas reivindicações dos EUA contra o governo cubano sejam respondidas.
