Redação (08/05/2008)- Os produtores da região de Erechim (RS) estão aproveitando o tempo bom para reiniciar a colheita da soja e do milho que foram paralisadas devido as chuvas. De acordo com informe conjuntural do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, a estimativa é de que 90% da área plantada de 301.315 hectares com soja estejam colhidos e o restante maduro e por colher. A lavoura de milho, com área plantada de 189.650 hectares, apresenta 5% da área em formação de espigas, 12% maturado para colheita e 83% colhido. Na área colhida a produtividade varia entre 5,5 e 8 ton/ha, conforme tecnologia utilizada na cultura, bem como a incidência de chuvas durante a primavera e verão. Parte da produção colhida foi comercializada, devido aos bons preços praticados no mercado. A outra parte está armazenada nas propriedades, cooperativas e com cerealistas.
O feijão safrinha, com área de plantio de 5 mil hectares na região, esta com 30% em maturação e maduro por colher e 70% colhido. De acordo com o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Flávio Bonfada, a semana chuvosa comprometeu a qualidade do feijão que faltava a ser colhido. A produtividade média esperada é em torno de1.200 Kg/ha.
Quanto a cultura de trigo, no momento os agricultores estão encaminhando os financiamentos de custeio e adquirindo as sementes e demais insumos para a formação das lavouras. A disponibilidade de crédito para custeio é normal na região. De acordo com Bonfada, conforme as intenções de plantio, a área a ser plantada deverá ficar em torno de 60 mil hectares. A elevação do custo de produção está deixando os agricultores apreensivos.
Situação das criações
As chuvas intensas ocorridas na última semana prejudicaram a implantação e utilização das pastagens de inverno, afetando a bovinocultura de leite. O assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Valmir Dartora, observa que neste momento as pastagens de verão estão em final de ciclo e ainda são pequenas as áreas de pastagens de inverno que podem ser utilizadas, por isso é pouca a disponibilidade de pasto para os animais. Para complementar a alimentação dos animais, além das pastagens, os produtores estão utilizando silagem, farelos, grãos e rações. Os preços do litro de leite, no período, variaram de R$ 0,50 a 0,72.
Na área de suinocultura, o alojamento de matrizes e de animais para o abate é normal nas empresas que possuem sistema de integração. Os produtores estão preocupados com o alto custo dos insumos (milho, farelo de soja e núcleos minerais e vitamínicos).
As chuvas intensas e a baixa temperatura, registrada na última semana, também prejudicaram a atividade apícola, avalia o assistente técnico regional, Carlos Angonese. O período também não é favorável, em função da pequena florada existente no momento e das baixas reservas de mel nas colmeias, o que implicará em maior necessidade de alimentação no outono-inverno. Os apicultores estão iniciando a alimentação de subsistência e as demais atividades de manejo de preparação para outono /inverno, com redução de melgueiras e avaliação das reservas de alimento na colmeia. As noticias de baixa produção de mel nesta safra, estão aquecendo o mercado de mel em alguns municípios, o que já provocou a elevação dos preços em alguns municípios e prevê-se que nos centros consumidores maiores falte mel. O que contrasta com sobra de mel nos municípios menores que ainda contam com reservas dos anos anteriores. A produtividade verificada nesta safra não passou de 8 kg/colmeia.