A mobilização dos auditores fiscais federais agropecuários está causando atrasos na produção e na certificação de carnes de aves, suínos, bovinos e ovos no Brasil, impactando negativamente toda a cadeia do agronegócio, informaram as principais entidades do setor.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) expressaram apoio às reivindicações dos auditores e estão empenhadas em buscar soluções políticas e técnicas junto ao governo para encerrar a mobilização, que já dura um mês e começa a afetar as operações.
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Embora as emissões de certificados para exportação estejam dentro do prazo legal de cinco dias, muitos estabelecimentos estão enfrentando acumulação de cargas que não podem ser enviadas aos destinos, resultando na redução dos volumes de abate. A operação padrão dos auditores fiscais também pode atrasar embarques de carne resfriada, cuja vida útil é de 90 a 120 dias, o que pode comprometer a validade dos produtos caso enfrentem atrasos.
Além disso, a mobilização dos auditores coloca em risco cargas vivas e compromete a importação e exportação de material genético, podendo impactar a oferta de produtos a curto prazo, alertou a ABPA.
A Abiec destacou que, assim como em 2022, está buscando cumprir uma decisão judicial obtida que determina a emissão e certificação da produção, garantindo seu escoamento sob pena de multa pessoal diária aos auditores.
Enquanto isso, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) solicitou ao Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, seu engajamento ativo nas negociações por melhorias salariais, visto que o último reajuste foi em 2017. Fávaro confirmou sua participação presencial na próxima reunião dos auditores com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos para discutir a reestruturação da carreira.