Em março, o mercado de milho no Brasil apresentou negociações enfraquecidas, com preços registrando leves variações, conforme a análise divulgada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A demanda foi baixa, com os compradores mostrando pouco interesse, enquanto os vendedores focaram nos trabalhos de campo, com a colheita da safra de verão avançando e a semeadura da segunda safra 2023/24 na reta final.
Os produtores, preocupados com o clima e a possível menor oferta, mantiveram-se retraídos. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa recuou 0,7%, fechando a R$ 61,78/saca de 60 kg. Na média, os valores caíram 1% no mercado de lotes, mas subiram 2,4% no de balcão. Os contratos na B3 iniciaram em queda, mas fecharam em alta, impulsionados pelos preços internacionais.
A movimentação nos portos foi limitada, com a prioridade nos embarques de soja. A produção da safra verão 2023/24 deve totalizar 23,41 milhões de toneladas, 14,5% inferior à da temporada anterior. A oferta nacional em 2024 é prevista em 122,32 milhões de toneladas, 13% abaixo de 2023, com exportações estimadas em 32 milhões de toneladas.
A Conab aponta que as exportações devem ser menores neste ano, diante dos embarques enfraquecidos. Os estoques finais previstos são de 6,25 milhões de toneladas, metade da média dos últimos cinco anos.