A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) propôs um aumento de 30% no crédito para o Plano Safra 2024/25, solicitando um total de R$ 570 bilhões.
Além do aumento no crédito, a CNA pede uma suplementação de R$ 1,4 bilhão para compensar os produtores afetados pela seca este ano, além de um reforço de R$ 11,3 bilhões para equalização dos juros do crédito rural em 2024. A entidade argumenta que tais medidas são cruciais para sustentar o setor frente às adversidades climáticas e de mercado.
O documento detalha que, do total proposto, R$ 359 bilhões seriam para custeio e comercialização e R$ 111 bilhões destinados a investimentos para médios e grandes produtores. Para a agricultura familiar, a proposta é de alocar R$ 100 bilhões, um aumento de 40% em relação ao plano atual.
Entre as prioridades listadas pela CNA, estão a suplementação do Seguro Rural, o incentivo a práticas socioambientais com benefícios em taxas de juros, a expansão de recursos para programas de investimento voltados a pequenos e médios produtores, e o fortalecimento do mercado de capitais e títulos privados do agronegócio.
A confederação também reforça a necessidade de regulamentação de leis e resoluções que impactam o setor, como a Lei Complementar nº 137/2020, que criou o Fundo de Catástrofe, e ajustes na Resolução CMN nº 5.081/2023, que aborda questões socioambientais.
O governo ainda não se pronunciou sobre as propostas, que visam assegurar a estabilidade e o crescimento do setor agrícola brasileiro para a próxima safra.