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Economia

Dólar Registra Leve Alta à Espera da Decisão do Copom sobre a Selic

Às 9h10 desta quarta-feira, o dólar subia 0,18%, cotado a R$ 5,442.

Dólar Registra Leve Alta à Espera da Decisão do Copom sobre a Selic

O dólar opera em leve alta na manhã desta quarta-feira (19), enquanto o mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre a nova Selic, prevista para ser anunciada no início da noite. A expectativa é que a taxa básica de juros seja mantida no atual nível de 10,50% ao ano, encerrando o ciclo de cortes iniciado em agosto. Analistas preveem que a decisão será unânime, evitando a divisão observada na última reunião, quando quatro diretores indicados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram por um corte de 0,50 ponto percentual, mas prevaleceu a redução de 0,25 ponto defendida pelas outras cinco autoridades.

Na terça-feira (18), o presidente Lula criticou o chefe do BC, Roberto Campos Neto, aumentando a tensão. “O presidente do Banco Central, que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país”, afirmou em entrevista à rádio CBN. Essa declaração intensificou os temores de uma possível interferência política no BC, especialmente a partir do próximo ano, quando a maioria do Copom será composta por indicados do governo.

Às 9h10 desta quarta-feira, o dólar subia 0,18%, cotado a R$ 5,442. Na terça-feira, a moeda americana registrou alta de 0,20%, atingindo R$ 5,432, revertendo a queda observada durante a maior parte do dia. Com o fechamento de terça, o dólar renovou seu maior valor desde janeiro de 2023. O Ibovespa, por sua vez, subiu 0,41%, fechando aos 119.630 pontos.

A equipe da Guide Investimentos destacou que, antes da decisão do Copom, o mercado está atento às declarações de Lula, que estará com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na posse da nova CEO da Petrobras, Magda Chambriard, além de possíveis propostas de cortes de gastos que enfrentam resistência.

A decisão do Copom e as críticas de Lula ao BC são os principais fatores monitorados pelo mercado, que também reage ao aumento da taxa de juros e às expectativas de estabilidade na Selic.