A distribuição de insumos no Brasil alcançou R$ 151 bilhões em 2023, um crescimento significativo em relação aos R$ 105 bilhões registrados em 2022. Este aumento é atribuído, principalmente, ao incremento no número de empresas associadas à Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav).
Os resultados divulgados nesta quinta-feira (8/8) pela Andav mostram que, apesar do aumento geral, a comercialização de grãos pelos canais de distribuição retraiu, passando de R$ 40,3 bilhões em 2022 para R$ 33,3 bilhões em 2023. No entanto, o faturamento com insumos agrícolas e veterinários cresceu para R$ 94,8 bilhões. Mato Grosso liderou a comercialização, concentrando 26,5% das vendas.
Os estoques de insumos, que em 2023 ficaram em 17,8% — acima do intervalo saudável de 10% a 12% —, ainda são superiores ao ideal, mas representaram uma melhoria em relação ao índice de 25% registrado em 2022. Segundo Paulo Tiburcio, presidente da Andav, o excesso de estoque no ano anterior levou a custos elevados e apertou as margens das distribuidoras, um efeito que ainda persiste no setor.
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Para 2024, Tiburcio prevê uma desaceleração no crescimento do mercado, com uma abordagem mais racional. Em 2023, foram abertas 419 novas lojas, abaixo da expectativa inicial de 900. Os principais desafios enfrentados no ano passado, que continuam a impactar o setor no primeiro semestre de 2024, incluem margens reduzidas, inadimplência, concorrência de grandes grupos e a necessidade de mão de obra qualificada.
O levantamento, que incluiu mais de quatro mil respostas representando 73% dos associados da Andav e 75% do faturamento de insumos no Brasil, revelou que Mato Grosso (26,7%), Paraná (15,3%) e Minas Gerais (12,5%) foram os Estados com maior participação na área de insumos agropecuários. A soja continua sendo a principal cultura, seguida pelo milho. O setor emprega 48,5 mil colaboradores diretos, um aumento de 4,6% em relação ao ano anterior.
Fonte: Andav Assessoria
