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Internacional

Oportunidade para novos negócios internacionais: Coreia do Sul investirá R$ 448 Milhões para fechar indústria da carne de cachorro

Oportunidade para novos negócios internacionais: Coreia do Sul investirá R$ 448 Milhões para fechar indústria da carne de cachorro

O recente anúncio do governo da Coreia do Sul, que destinará 109,5 bilhões de wons (aproximadamente R$ 448 milhões) até 2025 para o fechamento de cerca de 6.000 estabelecimentos dedicados à criação e comercialização de cães para consumo humano, abre um cenário promissor para o Brasil. A medida, que visa a transição dessas empresas para outros setores em conformidade com a proibição do comércio de carne de cachorro até 2027, pode facilitar a abertura de novos mercados para o agronegócio brasileiro.

Apresentado pelo Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais da Coreia do Sul, o plano prevê uma distribuição equilibrada do investimento entre autoridades locais e o governo central. Desse montante, aproximadamente 56,2 bilhões de wons (R$ 229 milhões) serão destinados a fundos de auxílio, enquanto 30,5 bilhões de wons (R$ 125 milhões) serão utilizados para amortizar o valor residual das instalações de criação. Os proprietários de fazendas receberão uma compensação que varia de 225.000 wons (R$ 920) a 600.000 wons (R$ 2.450) por cão.

Com a queda acentuada no consumo de carne de cachorro nas últimas décadas, impulsionada pela crescente adoção de animais de estimação, o governo sul-coreano está se preparando para uma reestruturação significativa do mercado. As mais de 1.100 fazendas registradas no país abrigam cerca de 466.000 cães, e serviços de consultoria serão oferecidos para apoiar a transição das atividades.

Esse movimento, aliado ao fechamento de diversos abatedouros ao longo dos últimos anos, indica uma mudança nas preferências alimentares da população. Pesquisas recentes mostram que a maioria dos sul-coreanos nunca experimentou carne de cachorro e não tem intenção de fazê-lo. Neste contexto, podemos analisar com visões para o futuro, a oportunidade para o Brasil consolidar sua presença no mercado sul-coreano de proteínas, como carne bovina, suína e de frango com abertura de novos mercados e parcerias.

Um acordo comercial entre Brasil e Coreia do Sul poderia ser vantajoso, ampliando as exportações brasileiras e diversificando as opções de proteína disponíveis no mercado coreano. A crescente demanda por alternativas de proteína, juntamente com o fechamento de estabelecimentos relacionados ao consumo de carne de cachorro, pode abrir caminho para negociações que beneficiem ambos os países, solidificando parcerias comerciais em um cenário global cada vez mais competitivo.

Referência: Gazeta do Povo