Os produtores de milho do Paraná registraram um aumento significativo nos preços em outubro de 2024, com um acréscimo de 26% em comparação com o mesmo período de 2023. A saca de 60 quilos de milho foi comercializada a R$ 55,58 na última semana, contra R$ 44,02 no ano anterior, segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Esse cenário positivo no mercado doméstico pode ser explicado pela valorização cambial de 16% e pela maior demanda em função da entressafra.
Entretanto, o aumento nos preços do milho também pressionou o custo de produção de frango, visto que o grão representa cerca de 65,95% do custo total da alimentação de aves de corte. De acordo com a Embrapa Suínos e Aves (CNPSA), o custo total de produção ficou em R$ 4,61 por quilo em setembro de 2024, um aumento de 9,2% em comparação com o mesmo mês de 2023.
O boletim também destaca a exportação de carne suína industrializada, com o Paraná liderando o mercado brasileiro. Em 2023, o Brasil exportou cerca de 7 mil toneladas de produtos como apresuntado e fiambre, e o Paraná foi responsável por 37% desse total, exportando 2,7 mil toneladas. O Paraguai foi o maior destino, recebendo 2,2 mil toneladas de carne suína, das quais 86% vieram do Paraná
🌾 Perspectivas para a cevada
A safra de cevada também foi analisada no relatório, com previsão de uma colheita de 291 mil toneladas em 2024, caso as condições climáticas sejam favoráveis. Cerca de 24% dos 78 mil hectares já haviam sido colhidos até o início da semana. No entanto, a preocupação é com chuvas previstas para os próximos 10 dias, que poderiam impactar negativamente a colheita, como ocorreu em 2023. Caso as intempéries sejam superadas, a cevada brasileira poderá ganhar maior participação na produção de malte, superando os desafios enfrentados no ano passado.
A análise do Deral revela como a conjuntura climática e de mercado está moldando o desempenho das principais culturas e a produção animal no Paraná, com reflexos importantes nas exportações e nos custos de produção.
Fonte: Agricultura.pr.gov