Em um dia de desvalorização generalizada para os grãos, o trigo foi o destaque em baixa na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (11/11), com contratos para dezembro caindo 1,22%, a US$ 5,6550 o bushel. Jonathan Pinheiro, analista de gestão de risco em trigo da StoneX, atribui o recuo à melhora climática e às condições das lavouras americanas, que enfrentam umidade abaixo do ideal, embora a queda inicial do cereal tenha sido ainda mais acentuada, superando os 3%.
Além disso, a recuperação das lavouras russas e o relatório do USDA, divulgado na última sexta, também contribuíram para a retração. Apesar de os estoques globais de trigo terem sido reduzidos, o órgão americano elevou a estimativa para os estoques finais dos EUA de 22,09 milhões para 22,17 milhões de toneladas para 2024/25.
Outro fator de impacto para o trigo foi a vitória de Donald Trump nas eleições americanas, que pode influenciar o cenário geopolítico, com expectativa de possíveis efeitos na oferta dos principais fornecedores, Rússia e Ucrânia. Pinheiro explica que, com uma potencial estabilização no conflito, poderia haver um novo patamar de preços, alterando o valor dos contratos futuros.
Soja
Após uma valorização de 3,5% na semana passada, a soja iniciou esta semana com queda de 0,78%, encerrando o pregão a US$ 10,2225 o bushel para janeiro. Com a recente atualização na previsão de safra americana, o mercado volta o foco para a produção na América do Sul, onde as chuvas beneficiaram o plantio no Brasil. Segundo a AgRural, o plantio de soja no Brasil chegou a 67% da área, acima dos 61% do mesmo período de 2023, enquanto a Safras & Mercado reporta 69% da área semeada.
Milho
O milho também encerrou o pregão em baixa, com contratos para dezembro caindo 0,23% para US$ 4,30 o bushel, seguindo a tendência de desvalorização do trigo.