A produção nacional de rações, concentrados e suplementos minerais no Brasil está projetada para atingir 90 milhões de toneladas em 2024, representando um crescimento de 2,7% em relação ao ano anterior, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). A entidade destacou que as estimativas podem sofrer alterações dependendo das condições de mercado.
Destaques por setor
A alimentação para aves continua sendo o maior segmento, com previsão de produção total de 44,5 milhões de toneladas (+2,6%). Desse volume, 37,1 milhões de toneladas serão destinadas aos frangos de corte (+1,8%) e 7,35 milhões de toneladas às poedeiras (+6,5%).
No setor bovino, a estimativa é de 13,8 milhões de toneladas (+4,2%), com destaque para a pecuária de corte, que deve crescer 7%, alcançando 7,01 milhões de toneladas. Já a produção para o plantel leiteiro deve somar 6,8 milhões de toneladas, um avanço mais tímido de 1,5%.
Outros segmentos apresentam as seguintes expectativas de crescimento:
- Suínos: 21 milhões de toneladas (+1%);
- Aquacultura: 1,76 milhão de toneladas (+8,8%), puxada pela alimentação de peixes;
- Cães e gatos: 4,01 milhões de toneladas (+3,5%);
- Equinos: Estabilidade em 640 mil toneladas.
Além disso, a produção de sal mineral, utilizado na suplementação de gado, deve alcançar 3,61 milhões de toneladas, representando um salto de 7%.
A redução nos preços de insumos, especialmente do farelo de soja, foi um dos fatores que impulsionaram o aumento na produção. O custo da ração para frangos de corte, por exemplo, caiu 7,9% de janeiro a setembro de 2024, acompanhando a retração nos preços do milho (-7%) e da soja (-4%) no mesmo período. Entretanto, o milho apresentou uma alta de 17% desde setembro, enquanto o dólar manteve-se elevado, superando os R$ 6,00, o que adiciona pressão sobre os custos.
Com uma previsão de 86,4 milhões de toneladas de rações e 3,61 milhões de toneladas de sal mineral, o setor de alimentação animal no Brasil segue em expansão moderada. “Apesar das pressões de custos, a indústria continua avançando, impulsionada pela crescente demanda por proteínas de origem animal e pela recuperação em segmentos como a aquacultura e a alimentação para poedeiras”, afirmou Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações.
Fonte: Sindirações