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Soja registra queda no Brasil apesar de alta em Chicago e intervenção do Banco Central

Soja registra queda no Brasil apesar de alta em Chicago e intervenção do Banco Central

O preço da soja apresentou queda nesta quinta-feira (19/12) nas principais praças de comercialização do Brasil, mesmo com a valorização do grão no mercado internacional. A desvalorização foi impulsionada pela forte queda do dólar, que registrou sua maior retração diária após intervenção do Banco Central.

O indicador do Cepea, baseado no corredor de exportação de Paranaguá (PR), registrou baixa de 1,42% no comparativo diário, fechando a R$ 137,46 por saca de 60 kg. Na parcial do mês, o recuo acumulado é de 5,62%. No mercado de lotes do Paraná, o valor caiu 0,88%, para R$ 135,66 por saca, com retração mensal de 3,46%.

Cenário nacional e preços nas praças

Dados da Scot Consultoria apontaram quedas em todas as regiões pesquisadas. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), a saca foi negociada a R$ 127, enquanto em Rio Verde (GO) o preço ficou em R$ 135. Outras cotações incluem Balsas (MA), com R$ 126, o Triângulo Mineiro, a R$ 144, e Dourados (MS), a R$ 130. Nos portos, a soja foi cotada a R$ 138 em Santos (SP) e R$ 139 em Rio Grande (RS).

Apesar das quedas locais, a análise do Rabobank aponta que, no acumulado do ano, os preços da soja no Brasil ainda apresentam alta de 8%, embora já tenham recuado 1% em dezembro em comparação ao mês anterior.

Alta em Chicago e queda no dólar

No mercado internacional, a soja encerrou o dia em alta na Bolsa de Chicago. O contrato para março de 2025 subiu 1,39%, fechando a US$ 9,66 por bushel. Porém, o movimento positivo não foi suficiente para conter as pressões do câmbio sobre o mercado brasileiro.

O dólar comercial caiu 2,32% e fechou a R$ 6,12, após atingir uma máxima de R$ 6,30 ao longo do dia. Essa movimentação levou o Banco Central a realizar sua maior intervenção no mercado desde 1999, injetando US$ 8 bilhões no mercado à vista.

Apesar do ajuste no mercado futuro, que fechou com o contrato para fevereiro na B3 cotado a R$ 6,14, analistas apontam que o câmbio pode apresentar novas elevações devido ao cenário econômico global e doméstico.

Perspectivas

O mercado de soja segue pressionado por fatores externos, como a volatilidade cambial e as intervenções monetárias, enquanto os produtores observam de perto os desdobramentos internacionais e os impactos sobre as exportações. A alta em Chicago pode trazer suporte aos preços locais, mas o dólar continuará desempenhando um papel crucial nas cotações brasileiras.