O verão 2025 terá início às 6h21 deste sábado, 21 de dezembro de 2024, e seguirá até 6h02 do dia 20 de março de 2025. Sem a influência do El Niño, que marcou a última estação, o clima será caracterizado por umidade elevada e temperaturas acima da média, embora com menos episódios de calor extremo.
Meteorologistas indicam que a estação será desafiadora para os produtores, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte, onde as chuvas volumosas e persistentes podem causar alagamentos e dificultar a logística da colheita. Por outro lado, a regularidade das precipitações pode favorecer uma safra robusta, caso os problemas sejam bem manejados.
Impactos climáticos regionais
- Sul: A chegada do La Niña no início de 2025 trará chuvas abaixo da média no Rio Grande do Sul, enquanto Santa Catarina e Paraná enfrentarão irregularidades na distribuição das precipitações. Ondas de calor serão mais frequentes no oeste da região, com destaque para Porto Alegre.
- Sudeste: O verão será marcado por alternância de períodos de calor e pancadas intensas de chuva. A formação de corredores de umidade e a possível ocorrência de Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) darão suporte a volumes expressivos de chuva, aliviando os efeitos das temperaturas mais altas.
- Centro-Oeste: A região terá chuva acima da média, especialmente em Goiás, Mato Grosso e leste de Mato Grosso do Sul. Apesar da menor frequência de ondas de calor, picos de altas temperaturas são esperados em algumas áreas, como o centro-sul de Mato Grosso do Sul.
- Nordeste: A irregularidade das chuvas no Matopiba persistirá no início do verão, mantendo temperaturas elevadas. Contudo, corredores de umidade trarão pancadas acima da média para grande parte da região, especialmente em fevereiro.
- Norte: Chuvas volumosas devem favorecer a recuperação dos rios amazônicos, que enfrentaram níveis críticos em 2024. O tempo permanecerá abafado, com temperaturas acima da média na maior parte da região.
Desafios e perspectivas para a agricultura
Os altos níveis de umidade esperados podem aumentar o risco de doenças nas plantações e elevar os custos de produção com defensivos agrícolas. Além disso, a nebulosidade e os alagamentos podem prejudicar a colheita e impactar a qualidade dos grãos, especialmente nas culturas de soja e milho.
Apesar dos desafios, especialistas, como a meteorologista Desirée Brandt, avaliam que as condições climáticas do verão podem resultar em uma safra histórica para o Brasil, caso os produtores consigam lidar de forma eficaz com os problemas logísticos e sanitários.