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Biocombustível

Bioparques de energia brotam no interior de São Paulo

(Re) construção de plantas industriais movimenta mercado de biocombustíveis, além de auxiliar na descarbonização do planeta 

Bioparques de energia brotam no interior de São Paulo

A construção de inúmeras plantas de biocombustíveis no interior de São Paulo começam a chamar atenção. Os bioparques nascem do incentivo gerado após a criação da “Política Nacional de Biocombustíveis’, ou, como é mais conhecida, a RenovaBio, de dezembro de 2019, com o objetivo de premiar a produção eficiente de etanol com a geração de Créditos de Descarbonização.

Um dos maiores bioparques dessa nova onda é um investimento da Raízen, considerada a maior produtora de cana, açúcar e etanol do globo. Em 2015, a empresa diversificou seu portfólio ao construir a primeira planta de Etanol 2G do mundo. Seguindo com seu pioneirismo, a companhia transformou em 2020, a Usina de Bonfim localizada em Guariba na primeira planta de biogás da empresa. Além disso, a Raízen está construindo um novo bioparque na Usina Costa Pinto, em Piracicaba, com produção direcionada ao biometano.

Outro exemplo vem da Cocal, produtora de energia renovável. A empresa montou uma fábrica de biogás utilizando co-produtos da cana como torta de filtro, vinhaça e palha. A planta atual produz 33 milhões de m³ por ano de biogás, sendo 47% destinados à geração de energia elétrica. A companhia também aposta em instalar uma planta em sua unidade de Paraguaçu e, como novidade, na rede isolada de gasoduto – que se desconecta da malha do transporte.

Para finalizar a lista de bioparques inéditos, surge a Tereos Açúcar & Energia Brasil, que possui uma planta em desenvolvimento de biogás na Unidade Cruz Alta com 14 lagoas de vinhaça. Trata-se de um bioparque piloto da empresa, com capacidade de moagem de 4,5 milhões de toneladas de cana por ano, a maior do Grupo, que possui outras seis unidades produtoras.

Por trás de tudo, a infraestrutura

No embalo dessa expansão vertiginosa dos bioparques no interior de São Paulo, crescem também os fornecedores de tecnologia. Para que os bioparques brotem, é preciso que haja quem ajude a plantá-los. A Drivetech, empresa provedora de sistemas elétricos, é um desses fornecedores. A empresa viu seu faturamento saltar de R$20 mi em 2019, para mais de R$100 mi em 2022.

A Drivetech possui sede no interior paulista, na cidade de Sertãozinho (SP) e já está no mercado há 15 anos. A empresa já assinou contratos com gigantes do setor de bioenergia, biocombustíveis, papel e celulose, entre outros, devido aos serviços de implantação de fontes de energia renováveis nas mais modernas e recentes plantas industriais do Brasil.

“Enxergamos um enorme potencial de crescimento próprio à jornada global pela descarbonização do planeta”, afirma Rafael Parão, diretor da Drivetech. Segundo ele, o Brasil tem um papel muito importante nesse contexto, dada às vantagens competitivas do etanol vindo do milho e da cana de açúcar. “Para atender a essas demandas, os líderes de biocombustíveis precisam diversificar suas matrizes energéticas com fornecedores que oferecem agilidade, flexibilidade e competência técnica, sem engessar os processos”, explica. 

A Raízen é um dos clientes da Drivetech. A empresa está na produção de todos os painéis elétricos da nova planta de E2G da Unidade de Bonfim. O fornecimento deve ser concluído em dezembro. A Drivetech desenvolve seus próprios painéis elétricos, subestações e eletrocentros no modelo turnkey, passando pela construção, entrega final e manutenção dos projetos.