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Produção Agrícola

Fertilizantes dobram de preço em 2021 e pressionam agronegócio

Substância essencial para a produção agrícola registrou alta de 100% entre janeiro e setembro de 2021<br /> 

Fertilizantes dobram de preço em 2021 e pressionam agronegócio

Uma combinação de preços internacionais elevados, alta demanda, escassez da oferta mundial e problemas logísticos atingiu em cheio os custos produção agropecuária em 2021, em especial os fertilizantes.

Um dos componentes mais problemáticos e, ao mesmo tempo, fundamentais para o plantio das safras agrícolas, eles ficaram mais de 100% mais caros no período de janeiro a setembro, segundo a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A expectativa da entidade é que esse cenário de tendência de valorização dos preços de fertilizantes deve permanecer em 2022, com impacto na margem de lucro dos produtores rurais. A situação é preocupante, pois pode deixar mais complicado o plantio das próximas safras de grãos e ainda causar impacto na inflação.

De acordo com o projeto Campo Futuro, do sistema CNA/Senar, no acumulado do ano, os preços da ureia, do MAP (fosfato monoamônico) e do KCL (cloreto de potássio) subiram 70,1%, 74,8% e 152,6%, respectivamente.

O documento, divulgado nesta quinta-feira, contém um levantamento de dados econômico-financeiros e técnicos e o acompanhamento dos preços dos insumos usados em mais de 40 atividades agropecuárias.

No caso dos defensivos agrícolas, o glifosato foi o que teve o maior aumento, de 126,8%, devido, principalmente, à interrupção da operação de indústrias fabricantes na China. Produtores brasileiros relatam que falta o produto em algumas regiões. 

Além da China, outro mercado fornecedor que causa dores de cabeça aos produtores brasileiros é Belarus, que fica no Leste Europeu. Desde que o presidente Aleksandr Lukashenko, foi reconduzido, em agosto do ano passado, o país — responsável por um quarto da produção mundial de cloreto de potássio — vive uma intensa crise política, com consequências internas e externas. 

Uma combinação de preços internacionais elevados, alta demanda, escassez da oferta mundial e problemas logísticos atingiu em cheio os custos produção agropecuária em 2021, em especial os fertilizantes.

Um dos componentes mais problemáticos e, ao mesmo tempo, fundamentais para o plantio das safras agrícolas, eles ficaram mais de 100% mais caros no período de janeiro a setembro, segundo a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A expectativa da entidade é que esse cenário de tendência de valorização dos preços de fertilizantes deve permanecer em 2022, com impacto na margem de lucro dos produtores rurais. A situação é preocupante, pois pode deixar mais complicado o plantio das próximas safras de grãos e ainda causar impacto na inflação.

De acordo com o projeto Campo Futuro, do sistema CNA/Senar, no acumulado do ano, os preços da ureia, do MAP (fosfato monoamônico) e do KCL (cloreto de potássio) subiram 70,1%, 74,8% e 152,6%, respectivamente.

O documento, divulgado nesta quinta-feira, contém um levantamento de dados econômico-financeiros e técnicos e o acompanhamento dos preços dos insumos usados em mais de 40 atividades agropecuárias.
 
No caso dos defensivos agrícolas, o glifosato foi o que teve o maior aumento, de 126,8%, devido, principalmente, à interrupção da operação de indústrias fabricantes na China. Produtores brasileiros relatam que falta o produto em algumas regiões. 

Além da China, outro mercado fornecedor que causa dores de cabeça aos produtores brasileiros é Belarus, que fica no Leste Europeu. Desde que o presidente Aleksandr Lukashenko, foi reconduzido, em agosto do ano passado, o país — responsável por um quarto da produção mundial de cloreto de potássio — vive uma intensa crise política, com consequências internas e externas. 

No início deste mês, o presidente Jair Bolsonaro informou que o governo prepara um projeto de lei voltado à produção de fertilizantes. O texto está sendo elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), que terá como desafio encontrar formas de otimizar a utilização da matéria-prima disponível no Brasil, que depende da importação desses insumos. 

Clima

Além dos insumos, o clima também afetou algumas atividades agropecuárias. A estiagem no segundo semestre de 2020 e início de 2021 comprometeu o desenvolvimento da safra de café colhida este ano. No caso do tipo arábica, houve redução de 10% da produção com relação ao volume pesquisado em 2020.

Para as culturas de soja, milho, arroz, trigo, feijão e algodão, o clima foi o principal desafio. As condições climáticas – desde a falta de chuvas durante os plantios até o excesso no período da colheita – tiveram muita influência em culturas com uma produção acima da safra anterior (soja, trigo e arroz). O clima também afetou negativamente as produções de milho e algodão.