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Insumos

Especialistas debatem alternativas para aumento de produção de grãos para nutrição animal

O tema foi apresentado por pesquisadores da Embrapa durante reunião da Câmara de Desenvolvimento da Agroindústria da FIESC

Especialistas debatem alternativas para aumento de produção de grãos para nutrição animal

A Câmara de Desenvolvimento da Agroindústria da FIESC debateu, em reunião híbrida nesta quinta (11), alternativas de cultivos de inverno de cereais para alimentação animal. No evento, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentaram resultados parciais de um estudo que realizam desde 2013 para identificar essas opções que podem suprir o déficit de grãos para nutrição animal, especialmente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, embora os dois estados tenham de 5 milhões a 6 milhões de hectares livres para o plantio no inverno.

Os profissionais da Embrapa nas unidades de Suínos e Aves, de Concórdia-SC, e Trigo, de Passo Fundo-RS, estão identificando os aspectos nutricionais e econômicos de cereais de inverno, como trigo, aveia, centeio, cevada e variações como o triticale (cruzamento entre o trigo e o centeio) e triguilho (subproduto do trigo). Conforme a pesquisadora Teresinha Marisa Bertol, da Embrapa em Concórdia, o objetivo da pesquisa é proporcionar aos produtores de ração, nutricionistas e produtores rurais as informações que permitam a tomada de decisão para o cultivo e uso dos diversos cereais na ração animal.

Segundo o pesquisador Dirceu Talamini, também de Concórdia, os dois estados do extremo Sul do país têm um déficit anual de 7,8 milhões de toneladas de milho, insumo que contribui com 75% na produção de rações para suínos e 65% na alimentação dos frangos.

O pesquisador da Embrapa de Passo Fundo Eduardo Caierão, a unidade está pesquisando opções de cultivares de trigo que possam ser viáveis para a ração animal.

Arene Trevisan, consultor do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e executivo da JBS, destacou que os estoques mundiais de milho estão baixos, ao mesmo tempo que a China teve uma queda acentuada na produção de trigo.

A reunião foi coordenada pelo presidente do Sindicarne, José Antônio Ribas Júnior, e contou com a participação do secretário de estado da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, Altair Silva, e do diretor de Inovação e Competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates.