A petroleira francesa Total está entre as finalistas para a compra de uma participação em um parque eólico offshore cujo desenvolvimento e operação podem custar mais de US$ 7 bilhões, segundo pessoas a par do assunto.
O passo é significativo porque destaca o crescente interesse das maiores produtoras de petróleo em ativos renováveis. Também seria a primeira instalação desse tipo no Reino Unido construída sem o apoio total do estado, o que torna o projeto mais arriscado em relação aos desenvolvidos até o momento.
A concessionária britânica SSE está desenvolvendo o parque eólico na seção da Escócia no Mar do Norte e busca parcerias para ajudar a arcar com custos e riscos.
Para a Total, a compra de uma participação no projeto Seagreen, de 1.075 megawatts, faz parte de sua ambição de desenvolver parques eólicos offshore na Europa, aumentando a concorrência com a Royal Dutch Shell no crescente mercado de ativos eólicos offshore.
Projetos de bilhões de dólares no mar tornaram-se especialidade de empresas europeias de energia que buscam capitalizar a transição energética global. Esses projetos são atraentes para petroleiras porque a escala e habilidades necessárias para construí-los são semelhantes aos de petróleo offshore.
Com a compra, a Total poderia adquirir experiência que a ajudaria a alcançar seu objetivo de participar dos próximos leilões públicos de energia eólica offshore.
A Total tem feito contratações no Reino Unido e Dinamarca para competir em leilões eólicos offshore nesses países. A empresa francesa tem participações em 3 gigawatts de capacidade de energia renovável e quer dobrar esse volume em 2020. A meta é chegar a 25 gigawatts em 2025.
A Total não quis comentar. A SSE confirmou que está interessada em vender uma participação no projeto, mas um porta-voz não forneceu detalhes do processo.
O projeto deve custar 5,7 bilhões de libras ao longo de sua vida útil.