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Solar

Uso de energia solar cresce no AP

Instalações aumentaram 430% em 2 anos

Uso de energia solar cresce no AP

Tem crescido no Amapá o interesse em placas solares, opção sustentável para geração de energia. Uma empresa especializada no ramo, que possui uma usina Zona Oeste de Macapá, aponta um crescimento maior que 430% no número de instalações do sistema no estado em dois anos.

O preço médio para instalação em uma residência que consome mensalmente de 400 a 600 quilowatts é de R$ 15 mil reais. Em compensação, uma conta de R$ 600 cai para cerca de R$ 80 com o uso da energia proveniente do sol.

Cleverson Rosa da Silva é diretor de negócios de uma das empresas especializadas nesse serviço, e explica que o interessado precisa de um projeto e orçamento de instalação voltado para a própria residência ou empreendimento.

 “Manda conta de energia para a nossa equipe. Nossa equipe vai elaborar todo um projeto, um orçamento, com base no consumo desse cliente. Com isso ele passa a ter as placas e uma base dentro da residência com inversores e o sistema completo”, detalhou Silva.

As captações da luz e do calor do sol são feitas pelas placas fotovoltaicas, que por sua vez direcionam a energia para inversores que tem o papel de convertê-la em energia elétrica.

Em Macapá há uma usina de energia solar de 6 mil metros quadrados, com 2,4 mil placas que conseguem atender 500 casas populares. Em período chuvoso no estado há uma queda em cerca de 10% na geração de energia, mas essa redução é compensada no decorrer do ano.

“Diminui [a produção no inverno], só que ela não deixa de gerar nunca. Porém, como aqui a gente tem o privilégio de estar na Linha do Equador tem essa compensação no tempo de sol intenso, o que a gente consegue produzir mais, de 10% a 15%. Ou seja, acaba compensando a geração no ano”, explicou o diretor de negócios.

Empresários também se interessam pelo opção de energia limpa. Uma rede de supermercados construiu uma usina de energia solar e conseguiu reduzir para R$ 1,5 mil a conta de energia por mês. Antes, a média era pagar R$ 80 mil. A expectativa é que o retorno financeiro ocorra entre 3 a 5 anos.

“Hoje o grande vilão de qualquer empresa é a energia elétrica. Os valores estão exorbitantes. Então a procura para impor energia limpa está sendo alta demais. Se torna uma boa opção por ser mais barata e o tempo de retorno do investimento se dá em 3 a 5 anos. Então fica bem viável para o empresário”, salientou Silva.

Também existe prédio público usando energia solar. É o caso do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O mercado é novo na capital, mas não para de crescer. Além de contribuir com a qualidade do meio ambiente, o consumidor que gasta pouca energia elétrica ganha bônus na conta de luz.

“Quando você faz a opção por energia solar, o medidor é trocado por um relógio bidirecional, onde você vai ter a leitura de crédito e débito. Então toda vez que você excede e sobra, você dá para a concessionária e é contabilizado um crédito a seu favor”, explicou Silva.