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Investimento

Total converterá planta na França em biorrefinaria, com aporte de 500 milhões de euros

Unidade produzirá biocombustível de aviação, diesel renovável e nafta renovável

Total converterá planta na França em biorrefinaria, com aporte de 500 milhões de euros

A francesa Total, sétima maior companhia de petróleo do mundo, anunciou ontem um aporte de € 500 milhões para converter uma refinaria na França em biorrefinaria até 2024. A unidade produzirá biocombustível de aviação, diesel renovável e nafta renovável a partir de gordura animal e óleos vegetais, no lugar do fóssil.

A planta deixará de refinar petróleo no primeiro trimestre de 2021, e até o fim de 2023 os estoques deverão ser encerrados.

Quando o investimento estiver concluído, a unidade terá capacidade de processar até 400 mil toneladas de óleos renováveis ao ano e produzir até 170 mil toneladas de biocombustível de aviação, 120 mil toneladas de diesel renovável e 50 mil toneladas de nafta renovável (para bioplásticos). Segundo a Total, os biocombustíveis reduzirão as emissões em ao menos 50%.

O anúncio veio em meio à crescente pressão para o desinvestimento na queima de combustíveis fósseis. Na quarta-feira, a organização Oil Change International divulgou relatório que indicou que nenhuma das oito maiores petroleiras – incluindo a Total -, tem planos suficientes para limitar o aquecimento global a 1,5ºC, como prevê o Acordo de Paris.

O movimento também tem motivo financeiro. A unidade, em Seine-et-Marne, ficou fechada por cinco meses em 2019 após um vazamento em um duto. No retorno, a empresa fez um acordo com o governo para reduzir a pressão e teve que operar com menor uso de capacidade, o que afetou o retorno.

Na planta “repaginada”, a companhia usará gordura animal e óleos vegetais. O óleo de palma, associado ao desmatamento nos principais países produtores, foi descartados. Fornecedores locais de óleos deverão ser priorizados.

A petroleira também anunciou outros aportes em renováveis, entre eles em uma nova fábrica de bioplásticos na Europa através de uma joint venture com a Corbion.

A planta utilizará açúcar como matéria-prima e deverá estar pronta também em 2024.