A semana teve notícias positivas tanto para o setor de avicultura de postura quanto de suínos. O México, maior consumidor de ovos do mundo, abriu seu mercado para as importações de ovos produzidos no Brasil, conforme informação repassada à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O consumo per capita no México é de 378 unidades anuais ( para se ter ideia, no Brasil, o consumo é de 230 unidades). Para atender a essa demanda, o México importou 20 mil toneladas de ovos em 2019. No mesmo ano, o Brasil exportou 7,6 mil toneladas de ovos. A produção total do país alcançou 49 bilhões de unidades no ano passado, e deve chegar a 53 bilhões em 2020.
E na suinocultura, o destaque da semana é que a planta de Concórdia (SC) da BRF foi habilitada pelo Departamento de Saúde Animal do Vietnã para exportar cortes de suínos para o país do sudeste asiático. A autorização foi publicada no site do departamento. O adido agrícola da embaixada do Brasil em Hanoi, Tiago Charão de Oliveira, enviou o comunicado para o Ministério da Agricultura, que nos próximos dias deve publicar a habilitação da unidade catarinense nos sites oficiais do MAPA. Com mais de 6 mil colaboradores, a planta de Concórdia já exporta cortes de suínos para Hong Kong e Filipinas, no sudeste da Ásia, e para a África do Sul.
E apesar de divulgar nessa semana que pretende voltar a ser praticamente autossuficiente em produção de carne suína, a China enfrenta uma realidade ainda bastante diferente. O enorme rebanho de suínos chinês está se recuperando rapidamente depois de ser dizimado pela Peste Suína Africana, mas a produção de suínos levará muito mais tempo para ser restaurada devido à baixa qualidade do novo rebanho, disseram especialistas e analistas ouvidos pela agência Reuters. A produção de carne suína da China caiu para seu nível mais baixo em 16 anos no ano passado, depois que a peste suína africana varreu fazendas em todo o país de 2018 em diante. Com até 60% de suas matrizes reprodutoras extintas no segundo semestre de 2019, a produção de suínos no mercado despencou e os preços dos suínos dispararam para novos máximos, onde têm pairado durante grande parte deste ano.
Enquanto isso, a mesma doença continua a se espalhar pelo território da Alemanha. Mais dois casos de peste suína africana (PSA) foram confirmados em javalis no estado de Brandemburgo, no leste da Alemanha, e um deles foi encontrado fora da área das primeiras descobertas, disse o ministério federal da agricultura na quarta-feira.