Os preços da carne suína dentro do mercado doméstico estão recuando, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. O recuo ocorre mesmo diante do ritmo intenso das exportações da proteína in natura.
Conforme relatório da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, em novembro foram embarcadas 76,2 mil toneladas de carne suína in natura, leve recuo de 1,6% frente a outubro, mas 32,4% acima do volume de novembro de 2019.
Já no mercado interno, segundo o Cepea, a menor demanda interna por carne suína, devido ao alto patamar dos preços, tem limitado a liquidez e pressionado os valores. Agentes do setor consultados pelo Cepea relatam que, diante da menor procura por parte do atacado, frigoríficos reduziram o ritmo de compra de novos lotes de animais para abate.
Suinocultores, por sua vez, temendo quedas mais intensas nos preços nas próximas semanas, têm elevado a oferta de animais. No mercado da carne, as cotações da carcaça e dos principais cortes suínos têm registrado quedas menos intensas. Frigoríficos, principalmente aqueles voltados para a comercialização ao mercado doméstico, vinham trabalhando com margens estreitas, devido ao preço elevado do animal e, agora, evitam realizar reajustes negativos tão intensos nos valores de venda da proteína.