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DESTAQUES - Bom desempenho das exportações de carnes suína e de frango

Os portais da Avicultura Industrial e da Suinocultura Industrial resumem semanalmente as principais notícias do agronegócio brasileiro

DESTAQUES - Bom desempenho das exportações de carnes suína e de frango

O IBGE divulgou, nesta quinta-feira (14), o número de abate de frangos no Brasil em 2018. O instituto apontou uma queda de 2,5%. Foram abatidas 5,70 bilhões de cabeças de frango, 144,23 milhões de cabeças a menos que em 2017. Essa foi a segunda queda consecutiva, após o recorde anual alcançado em 2016. Já a produção de ovos de galinha em 2018 foi de 3,60 bilhões de dúzias. Houve aumento de 8,6% em relação ao ano anterior, um recorde da série histórica, iniciada em 1987.

O IBGE apontou também um crescimento nos abates de suínos no ano passado, desta  vez de 2,4%. Ao todo, foram 44,20 milhões de cabeças, 1,02 milhão a mais que em 2017.

E as exportações de carne de frango no início de março tiveram bom desempenho. Até a semana passada, foram 120,4 mil toneladas embarcadas. Com apenas quatro dias úteis devido ao carnaval, a média diária ficou em 30,1 mil toneladas, 107,8% maior que a média de fevereiro que registrou 14,5 mil toneladas diárias. Em comparação com o mês de março de 2018 o crescimento foi de 80,3%. Se esta média for mantida os embarques em março podem atingir 571 mil toneladas enviadas ao mercado externo.

O fim dos dourados do frango brasileiro na Arábia Saudita parece ter chegado para ficar. O país árabe foi o primeiro a importar essa proteína da indústria nacional, prosseguiu como o principal consumidor desde 1974, mas em 2018 reduziu em mais de 20% suas compras. No 1º bi deste ano, as remessas para a Arábia Saudita continuam com o mesmo desempenho, com uma queda de 21,3% — foram US$ 169,55 milhões em 2018 e agora US$ 133,52 milhões em 2019.

O desempenho das exportações de carne suína também foi bom. As remessas somaram 16,1 mil toneladas nesse início de mês. Com apenas 4 dias úteis devido ao carnaval, a média diária ficou em 4 mil toneladas, 76% maior que a média de fevereiro que registrou 2,3 mil toneladas diárias. Em comparação com o mês de março de 2018 o crescimento foi de 72,9%. Se esta média for mantida os embarques em março podem atingir 76 mil toneladas enviadas ao mercado externo.

E a melhora nas exportações de carne suína e o melhor desempenho também no mercado interno refletiram em valorização no preço do suíno vivo nos principais estados produtores, conforme a Bolsa de Suínos. O maior preço foi em São Paulo, onde o quilo do animal vivo chegou ao patamar de R$ 4,48. Houve melhora ainda em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Paraná.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou na semana passada medidas adicionais para impedir que a peste suína africana (PSA) entre nos Estados Unidos, mesmo que a doença se espalhe internacionalmente. De acordo com o comunicado divulgado pelo órgão, as medidas devem fortalecer as proteções anunciadas no ano passado, depois que a doença suína chegou à China. O objetivo continua a ser proteger a indústria suína do país contra esta doença.

A Conab divulgou novo levantamento da safra de grãos 2018/2019. Pela estimativa, ela deve alcançar a marca de 233,3 milhões de toneladas, mantendo-se como a segunda maior registrada na série histórica do país. O bom desempenho é impulsionado pela melhora da produção do milho na segunda safra do grão.

A contratação do crédito empresarial do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) entre julho e fevereiro alcançou R$ 101,612 bilhões, o que representa 53% do total ofertado e 11% a mais do que o valor financiado em igual período do ano anterior. Na Agricultura Familiar, a contratação soma, no período, R$ 17,87 bilhões, equivalentes a 67% do volume disponibilizado e 21 % acima do que foi contratado entre julho de 2017 e fevereiro de 2018. No total, o crédito agropecuário já aplicado alcança R$ 119,48 bilhões, em alta de 12% sobre igual período apurado no ano anterior.