As cotações de milho e de soja tiveram movimento de preço distinto nos últimos dias, de acordo com o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. As cotações do milho estão em queda na maior parte do Brasil, devido ao avanço da colheita da segunda safra. Já a soja teve valorização com a expectativa dos produtores de uma maior demanda do mercado externo.
Em relação ao milho, na última sexta-feira (2), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) fechou a R$ 35,85/saca de 60 kg, queda de 1,4% em relação ao dia 26 de julho. No acumulado do mês, o Indicador acumulou baixa de 7,1%. Apenas em algumas praças do Paraná que os valores registram altas, sobretudo no mercado de balcão, influenciados pela posição firme de vendedores.
Quanto às exportações, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam que, em julho, foram embarcadas 6,31 milhões de toneladas (considerando 23 dias úteis), com ritmo diário de 274,6 mil toneladas – quantidade recorde para o mês. Em julho/18, foram exportados apenas 1,1 milhão de toneladas.
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Soja em alta
Os analistas do Cepea apontam que, com as notícias de que os Estados Unidos deverão impor uma nova tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses, vendedores brasileiros têm expectativa de maior demanda externa. Esse cenário, que aumentou a liquidez, e a valorização cambial, elevaram os preços domésticos nos últimos dias.
Entre 26 de julho e 2 de agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá registrou alta de 2,62%, a R$ 80,18/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 2. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná subiu 1,58%, a R$ 74,35/sc de 60 kg no dia 2.
Entre junho e julho, os Indicadores registraram significativas quedas de 3,8% e 3,3%, respectivamente, com médias de R$ 78,82/sc de 60 kg e R$ 73,78/sc de 60 kg em julho.
