De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira (14/10) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o semeio de soja registrou avanço significativo na semana passada, favorecido por chuvas nas principais regiões produtoras, especialmente no Paraná e no Centro-Oeste, segundo colaboradores do Cepea.
No Sudeste do Brasil, as atividades estão em ritmo mais lento, devido à baixa umidade do solo. Mesmo diante das irregularidades climáticas, a Conab estima produção nacional de soja em 120,39 milhões de toneladas na temporada 2019/20, 4,7% a mais que na temporada passada e um recorde. Nos Estados Unidos, o clima desfavoreceu praticamente todo o ciclo da oleaginosa, reduzindo a produção do país.
O USDA indica produção de 96,62 milhões de toneladas, 2,27% inferior ao estimado em setembro e expressivos 19,82% abaixo da safra 2018/19. Quanto à comercialização do grão, diante das incertezas em relação à produção global de soja, muitos produtores brasileiros estão retraídos dos negócios, esperando obter maior receita nas vendas nos próximos meses.
Já as cotações do milho seguem em elevação no mercado brasileiro neste início de outubro, segundo dados do Cepea. Pesquisadores afirmam que a justificativa para o cenário altista é a retração de vendedores, que, por sua vez, estão influenciados pelo clima, pelo forte ritmo de embarques e pela demanda aquecida.
De 4 a 11 de outubro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) avançou 1,1%, fechando a R$ 40,41/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 11. Quanto aos embarques, já foram exportadas 1,3 milhão de toneladas de milho nos primeiros quatro dias úteis de outubro, segundo dados da Secex.
A média diária de exportação está em 328,6 toneladas; assim, caso esse ritmo se mantenha até o final de outubro, o volume pode chegar a 7,55 milhões de toneladas, o que seria o dobro do verificado em outubro de 2018.