A busca pela maximização dos índices de incubação passa, imprescindivelmente, pela climatização do incubatório. Para isso, é preciso instalar sistemas com equipamentos que possibilitem o controle da temperatura, umidade relativa do ar e aeração positiva em fluxo. Essa climatização se faz necessária para um melhor controle de funcionamento das máquinas de incubação e eclosão, limitadas no controle de temperatura adequada exigida pelos embriões para o seu desenvolvimento normal.
Em incubatórios não climatizados, onde as temperaturas, principalmente das salas de incubação e eclosão, ultrapassam os 35oC, os equipamentos falham no seu autocontrole especialmente no de temperatura. Ocorrendo isso, as incubadoras não mantêm as condições de um ambiente propício ao desenvolvimento saudável dos embriões. As variações nas condições de ambiente interno das máquinas reduzem a qualidade dos pintainhos, principalmente relacionada à desidratação, falta de absorção da gema e má cicatrização do umbigo. Esses problemas aumentam sobremaneira o número de pintainhos refugos e é consequência do aumento na amplitude de tempo “janela de nascimento”, que é medida pelo tempo decorrido entre 1% e 95% do total de nascidos, de uma mesma máquina de eclosão.
A qualidade do pintainho de um dia está intimamente relacionada à qualidade dos ovos férteis produzidos na granja. Por isso, na granja de matrizes, local de produção dos ovos a ser incubados, o manejo deve ser definido e monitorado diariamente. Devem ser estabelecidas rotinas no que se refere ao horário de início e número de coletas realizadas, seleção rigorosa quanto ao tamanho, integridade da casca e deformidades e também à descrição documental por um procedimento operacional padrão (POP) de rotina para a desinfecção dos ovos. Esses procedimentos na granja devem ser monitorados e visam manter a qualidade dos ovos para otimizar a taxa de eclosão de lotes de idades distintas alojados nos diferentes núcleos de produção. Também devem ser estabelecidos programas de controle e verificações constantes para bactérias e fungos nas diferentes dependências (salas) e máquinas do incubatório. É ainda prudente a obtenção de provas de eficácia dos controles (TESSARI et al. 2002).
Devem ser enviados ao incubatório somente os ovos coletados nos ninhos. Os ovos de cama, normalmente, apresentam alto risco de contaminação causando redução da eclosão, comprometendo os índices de incubação. Com o aumento da idade das aves, ocorre diminuição da taxa de produção, redução da fertilidade, principalmente de machos, e piora da qualidade da casca avaliada pela sua densidade (HOCKING, 2004; HODGETTS, 1985 e ROSA et al. 1999). Como consequência, verifica-se redução dos índices de eclosão e também na qualidade dos pintainhos.
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