O Indicador da soja CEPEA/ESALQ – Paraná registrou média de R$ 68,78/sc de 60 kg em fevereiro, a menor desde fevereiro/12, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de dez/16). Quanto ao milho, além de favorecer o avanço da colheita da safra de verão, o clima mais seco nos últimos dias permitiu a intensificação da semeadura do milho segunda safra nos principais estados produtores, mantendo a expectativa de oferta elevada no segundo semestre,
No mês, o preço da soja acumulou baixa de 4,42%, sendo 3,13% negativos entre 17 e 24 de fevereiro, fechando a R$ 66,24/sc de 60 kg na sexta-feira, 24. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão continuou atrelada à expectativa de safra brasileira recorde, beneficiada pelo clima favorável à colheita da oleaginosa em praticamente todas as regiões produtoras. Além disso, as estimativas de que a soja pode ganhar parte da área semeada com milho nos Estados Unidos na safra 2017/18 e a desvalorização do dólar frente a uma cesta de moedas reforçam a pressão sobre os valores, tanto internos quanto externos.
O Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, referente ao grão depositado no corredor de exportação e negociado na modalidade spot (pronta entrega), no porto de Paranaguá (PR), recuou fortes 2,27% entre 17 e 24 de fevereiro, a R$ 71,90/saca de 60 kg na sexta-feira, 24.
Milho
No spot, a liquidez do milho segue baixa, com compradores aguardando a entrada mais intensa da safra de verão e preços menores. No mercado paulista, conforme pesquisadores do Cepea, ainda há dificuldade na aquisição de milho, devido à baixa disponibilidade do produto e à dificuldade logística, já que houve aumento do frete e menor oferta de caminhão. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (referência Campinas – SP) subiu ligeiro 0,1% entre 17 e 24 de fevereiro, fechando a R$ 36,10/saca de 60 kg na sexta-feira, 24. Apesar da relativa estabilidade, os preços oscilaram ao longo da semana, de acordo com o comportamento de compradores.