O Brasil é um dos mais importantes produtores de proteína animal no mundo, resultado de décadas de investimento em tecnologia que elevaram a produtividade e a qualidade da carne brasileira, fazendo com que ela se tornasse competitiva e ocupasse parte importante no mercado internacional. Com o objetivo de disponibilizar para a sociedade parte desse conhecimento técnico-científico, gerado por diversas instituições de pesquisa nacionais e pela iniciativa privada, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançou nesta quinta-feira (30/030, uma página especial sobre Qualidade da Carne no seu Portal.
“A nossa intenção é colaborar neste momento para esclarecimento de dúvidas das pessoas, mostrando que do campo à mesa das pessoas existe Ciência apoiando a forma de produzir, processar e distribuir a carne brasileira”, explica Maurício Lopes, presidente da Embrapa. “A pesquisa agropecuária subsidiou políticas públicas e contribuiu para que o setor privado investisse em qualidade, sanidade, rastreabilidade, bem-estar animal e segurança. Isso ajudou as cadeias de carne a atingirem patamares de excelência reconhecidos pelo consumidor brasileiro e por centenas de países afora”, completa.
A página pode ser acessada no endereço https://www.embrapa.br/qualidade-da-carne e foi estruturada a partir das cadeias produtivas de carne bovina, suína e de aves, agregando tecnologias, publicações, vídeos e projetos de pesquisa voltados para as diversas fases do sistema de produção: genética, nutrição, boas práticas de criação, sanidade, reprodução, processamento, transporte, abate, rastreabilidade e segurança do alimento. Outro conteúdo destacado é a seção Carne em Números, revelando dados sobre produção e exportação de carne brasileira.
Laboratório – O lançamento foi feito na Sede da Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande-MS, durante a inauguração do Laboratório Multiusuário de Biossegurança para a Pecuária (BIOPEC), o maior deste tipo no Brasil e o único com estruturas integradas (níveis 1, 2 3 e biotério de biossegurança), configurado para trabalhar com patógenos de animais e agrícolas. Com o BIOPEC, o Brasil dará um salto com pesquisas de ponta que antes não eram feitas aqui devido à ausência de estrutura de alto nível e segurança, como desenvolvimento de novas vacinas voltadas para patógenos de risco como influenza suína, influenza aviária, febre aftosa, brucelose, tuberculose, carbúnculo, raiva com avaliações em biotério de biossegurança. Avanços também poderão ser feitos no desenvolvimento de testes de diagnóstico, classificação e tipagem destes patógenos e de Salmonella, Escherichia coli, prions da vaca-louca e do scrapie (encefalopatia dos ovinos).