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Brasil precisa focar em se manter como principal fornecedor de proteína para a China até 2020

Segundo o Rabobank, espera-se que o comércio de aves seja equilibrado, com exportações contínuas de carne de peito (processada) e importações principalmente de asas e pés

Brasil precisa focar em se manter como principal fornecedor de proteína para a China até 2020

A China continuará a liderar a lista dos principais importadores globais e puxará o crescimento do mercado internacional de carne nos próximos anos. A conclusão foi publicada pelo Rabobank “China’s Animal Protein Outlook to 2020”, e apresenta dados que projetam o gigante asiático como maior comprador de proteína animal até 2020.

Sob a perspectiva brasileira, a análise do Rabobank aponta que é preciso pensar como se manter entre os principais fornecedores de carnes para esse mercado em expansão. “Sem dúvida o momento ainda é delicado para a indústria nacional por consequência da operação da polícia federal. Entretanto, o momento mais crítico parece ter sido superado em pouco mais de 30 dias. Isso nos leva novamente a focar em longo prazo”, divulgou a consultoria.

O Brasil se tornou o principal fornecedor de frango para a China, como resultado das restrições relacionadas à gripe aviária em outros países e no próprio mercado chinês. “Vale lembrar que o Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e nunca registrou um caso de gripe aviária, o que tem impulsionado ainda mais a participação do país no mercado internacional”, destacou o relatório lembrando ainda o destaque da carne suína no mercado asiático.

Para o Rabobank a tendência é de que os Estados Unidos recuperem o acesso da carne de frango ao mercado chinês, desde que haja o controle da gripe aviária na região. “Isso, por sua vez, trará mais competitividade no mercado brasileiro “que hoje domina com ampla vantagem”, aponta.

Quanto a tendência de mercado, espera-se que o comércio de aves seja equilibrado, com exportações contínuas de carne de peito (processada) e importações principalmente de asas e pés. Mesmo que com a exportação limitada a poucos produtos, e um volume adicional esperado para 2020 apenas pouco acima de 2016, o mercado chinês representa uma importante válvula de escape para os exportadores brasileiros que não conseguiriam escoar tais cortes no mercado interno.

Contudo, manter-se atualizado às exigências chinesas será imprescindível, uma vez que o mercado asiático tem se mostrado dinâmico e os concorrentes do Brasil têm focado em canais de vendas mais próximos do consumidor final. “Por isso, definir o posicionamento estratégico de longo prazo na cadeia chinesa de suprimentos deve ser o ponto crítico de sucesso, concluí.