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Cooperativismo contribui para reequilíbrio do mercado

Está no ar a nova edição da Revista Avicultura Industria que traz a cobertura do Prêmio Quem é Quem: Maiores e Melhores Cooperativas de Aves e Suínos; a publicação também destaca a feira AveSui 2017 e traz uma reportagem especial sobre os investimentos da Cooperativa Lar

Cooperativismo contribui para reequilíbrio do mercado

2017É nítido o crescimento das cooperativas brasileiras no setor de carnes, principalmente o de aves e de suínos. Tradicionais produtoras de grãos, elas passaram a agregar valor ao milho e soja produzidos ao transformá-los em carne. O sucesso das cooperativas na região Sul passou a ser exportado para o Centro-Oeste, onde muitas delas têm instalado unidades produtivas e de abate, se aproximando ainda mais dos grãos.

Esse crescimento é importante para os setores de suínos e aves, que viu seus mercados se concentrarem nos últimos anos, ficando grande parte dele nas mãos de duas empresas: JBS e BRF. A concorrência diminuiu e isso tem um impacto em todos os segmentos que compõem essas cadeias produtivas, tanto para quem vende produtos direcionados à avicultura e suinocultura, quanto para o consumidor final. Quem vende passa a ter menos opções para oferecer seus produtos e serviços e, o consumidor, passa a viver em um mercado com menor concorrência de preços.

O avanço das cooperativas na criação de aves e suínos representa uma busca por reequilíbrio de forças nesses mercados. Além disso, elas trazem um perfil muito diferente de empresas do setor privado. O sistema cooperativista transfere tecnologia para o campo, distribui renda entre as famílias rurais e traz o cooperado para ser o sócio de um negócio muito mais amplo. As cooperativas humanizam as relações de mercado.

As duas gigantes do setor também buscam cada vez mais a internacionalização, com aquisições de empresas em diferentes países. Um caminho até natural, mas que reduz os investimentos no mercado interno, no que tange a geração de empregos e de renda. O caminho das cooperativas tem sido o inverso, com aumento de seus sistemas produtivos e diversificação de produtos no país. O momento econômico não é bom, mesmo assim muitos desses investimentos estão em andamento ou esperam apenas sinais mais firmes de melhoria para saírem do papel, abrindo a possibilidade de se construir um mercado mais pulverizado e mais saudável a todos.