As reações expressivas das cotações de milho nas últimas semanas têm animado vendedores, mas preocupado compradores. Diante dos elevados patamares, compradores aumentam a resistência, enquanto vendedores se mantêm firmes, o que tem reduzido bastante a comercialização do cereal. Representantes dos setores consumidores de milho estão pressionando o governo para que tenha ações que amenizem a alta dos preços e favoreçam o abastecimento de regiões deficitárias.
Nos últimos dias, de fato, as reações de preços estão menos intensas que nas semanas anteriores. A disponibilidade interna tem baixado devido às exportações, que estão em ritmo acelerado desde outubro. Só na primeira quinzena de janeiro/16, foram 2,87 milhões de toneladas, com média diária de 287 mil toneladas. Bons embarques de milho ainda podem ser observados nos próximos dois meses, pelo menos, tornando os estoques de passagem – computados oficialmente no final de janeiro – menores que os do ano passado. A esse cenário, somam-se ainda as estimativas de menor produção do milho verão e de um possível atraso no semeio do milho segunda safra, que pode implicar em menor produtividade.