O valor bruto da produção agropecuária (VBP) brasileira começa o ano estimado em R$ 501,4 bilhões. O número foi divulgado nesta quinta-feira (18/02) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Por se tratar de uma avaliação preliminar, baseada em informações insuficientes para traçar um quadro mais completo, a expectativa é que possa haver alterações ao longo de 2016.
Segundo a Coordenação-Geral de Estudos e Análises da SPA, o VBP de R$ 501,4 bilhões indica um recuo de 1,2% em relação ao de 2015, de R$ 507,4 bilhões. As lavouras representam 65% desse montante e registraram redução de 0,3% em comparação ao VBP de 2015. A pecuária significa 35% do total, com retração de 2,8% quando cotejada com o ano passado.
Entre os produtos com melhor desempenho, destacam-se o amendoim (16,2 %); banana (14,2 %); cacau (10%); café (17,8 %); mamona (19,8 %); soja (11,8%); trigo (17,1%) e maçã (33,5%). A soja contribui com 37,5% do VBP das lavouras do país e representa um valor da produção estimado em R$ 122,2 bilhões.
Vários produtos tiveram queda do valor da produção. Entre eles, os que apresentam maior redução, até o momento, são algodão herbáceo (-7,4 %); arroz (-10,2%); cana-de-açúcar (-11,3%); fumo (-15,7%); milho (-7,8%); laranja (-7,4%); tomate (-49,6%) e uva (-13,3%).
As informações regionais confirmam a predominância do Sul na formação do VBP nacional, com um valor de R$ 148,0 bilhões, seguida do Centro-Oeste (R$ 134 bilhões), Sudeste (R$ 127,2 bilhões), Nordeste (R$ 49,4 bilhões) e Norte (R$ 29,8 bilhões).
De acordo com a SPA, a análise do VBP mostra também a importância crescente da soja no Norte do país, com destaque para Tocantins, Rondônia e Pará. O estudo indica ainda que este ano se apresenta favorável para a maioria dos estados brasileiros em termos de faturamento. Isso pode ser atribuído à soja e ao café em estados como Minas Gerais e Espírito Santo.