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Economia

Startup de Curitiba oferece energia solar a 20 reais por mês

Negócio quer que você produza sua própria energia, por meio da instalação de painéis solares alugados

Startup de Curitiba oferece energia solar a 20 reais por mês

Divulgação/Renova GreenEconomizar para evitar surpresas na conta de luz já se tornou um hábito dos brasileiros. Porém, mesmo com as tarifas de consumo de energia pesando no bolso, nem tudo está perdido: isso porque surgem startups que trazem soluções melhores (e mais baratas) para a geração de eletricidade.

A curitibana Renova Green é uma delas. Aproveitando a tendência da energia solar no mundo todo – basta olhar o sucesso da startup americana Solar City,recentemente comprada pela Tesla –, o negócio quer que você produza sua própria energia, por meio da instalação de painéis solares alugados.

 
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“De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), até o ano 2024 teremos mais 1,2 milhão de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados por todo o país. Temos certeza que os brasileiros irão abraçar essa causa assim que conhecerem o nosso sistema. Além de disponibilizarmos uma fonte de energia com menor impacto ambiental, oferecemos o melhor custo-benefício para o consumidor”, afirma o co-fundador Reinaldo Cardoso.

Cardoso trabalhou como engenheiro de projetos na área de petróleo, passando anos embarcado em uma plataforma petrolífera. Um MBA que combinava gerenciamento de projetos e sustentabilidade, porém, acendeu seu interesse para fontes de energia renováveis.

O resultado de sua pesquisa de negócio chamou a atenção da aceleradora ISAE Business, do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE). Depois de três meses de aceleração e de testes com os primeiros consumidores, a Renova Green já procura investimento e vê um grande potencial de expansão pelo Brasil.

Idas e vindas

No entanto, não foi fácil chegar ao modelo de aluguel de painéis: como todo negócio que envolve inovação, foi preciso que a Renova Green fizesse ajustes ao longo do tempo.

O negócio começou no ano passado, trabalhando com diversas soluções de eficiência energética, como reaproveitamento de água. “Nascemos com a proposta de popularizar novas tecnologias e oferecer projetos de sustentabilidade mais acessíveis aos nossos clientes. Queríamos trazer a eles o que antes só havia para indústrias e para clientes de alto poder aquisitivo”, explica Cardoso.

A Renova Green começou atuando em pequenos comércios e condomínios. “Porém, vimos que nosso alcance era limitado. Tínhamos dificuldade em fechar projetos, justamente porque fazíamos de tudo sem ser especialista em nada.”

A partir dessa dificuldade, o empreendedor começou a pesquisar mais sobre energia solar: viu o tamanho do mercado e quais eram as formas de desenvolver projetos de baixo custo na área. Com isso, a Renova Green desenvolveu um mini-kit de energia solar, para ser vendido em redes varejistas – o negócio lucraria tanto com a revenda quanto com a instalação do equipamento.

Porém, essa proposta também não era a ideal. “Entramos em contato com lojas físicas e online, mas a energia solar ainda está distante da realidade dos varejistas. As pessoas viam ainda como um investimento de longo prazo – o equipamento custa 2.990 reais e o retorno esperado varia entre oito e dez anos”, explica Cardoso.

A startup então buscou soluções similares em outros mercados para se inspirar. No mercado europoeu, a venda do sistema era o modelo mais usado: lá, a mentalidade de consumo a longo prazo é mais comum do que no Brasil, afirma o empreendedor.

Já no mercado americano, a Renova Green encontrou um modelo diferente, que acabou usando como inspiração: a startup SolarCity. Nesse modelo, o negócio oferece o equipamento e o usuário paga de acordo com a energia gerada no sistema.