Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Estudo

Desempenho, bem-estar animal e qualidade de carne de frangos de corte criados em sistemas convencionais e Dark House

Estudo avaliou tanto aviários convencionais, de cortinas amarela e azul, como o Dark House. O sistema de criação é fundamental no objetivo de se estabelecer conforto, bem-estar e saúde, além ser determinante na eficiência de produção

Desempenho, bem-estar animal e qualidade de carne de frangos de corte criados em sistemas convencionais e Dark House

O sistema de criação de frangos de corte é um fator crucial que afeta as aves no seu conforto, bem-estar, saúde e eficiência de produção. Os frangos em escala mundial são criados em uma variedade de sistemas de produção.

Justificativa

A implementação de novas tecnologias na cadeia avícola necessita de ser avaliada quanto ao bem-estar animal.

Objetivos

Avaliar o desempenho, bem-estar animal e qualidade final da carne oriunda de frangos de corte em função do tipo de sistema de produção: convencionais de cortinas amarela e azul, e Dark House.

Material e Métodos

Foram utilizados 27 lotes divididos em três tratamentos: Convencional Amarelo, Convencional Azul e Dark House. Para avaliação do desempenho, os seguintes parâmetros: consumo médio diário, conversão alimentar, ganho médio diário, peso médio final, taxa de mortalidade e calos podais. Dentre estes 27 lotes, foram escolhidos nove aviários para avaliação do bem-estar e da qualidade final da carne, medido pela incidência de carnes PSE (Pale, Soft, Exudative). Para isto as aves foram abatidas (n=630) e os filés coletados 24h post mortem e analisados quanto ao pH e cor. O teste de médias Tukey a 5% de probabilidade foi utilizado para comparar os resultados (Statistica for Windows 7.0).

Resultados e Discussão

O sistema Dark House apresentou melhor desempenho (Tabela 01), obtendo melhor conversão alimentar (1,72) e maiores valores de ganho médio diário (63,14 g) e peso médio final (2904,8 g) quando comparado aos convencionais de cortina amarela e azul, que apresentaram conversão alimentar (1,82 e 1,80, respectivamente), ganho médio diário (56,68 g e 57,79 g) e peso médio final (2607,58 g e 2658,54 g), respectivamente. Entretanto, os calos podais apresentaram-se em maior quantidade no sistema Dark House (20,98%), em relação ao sistema convencional azul (8,98%), que também apresentou maior percentual de calos comparados ao sistema convencional amarelo (4,55%).

No tratamento Dark House verificou-se uma incidência superior (37%) de filés PSE (Tabela 02) comparados aos sistemas convencionais, amarelo (24%) e azul (25%).

O bem-estar animal medido pela incidência de carnes PSE produzidas no sistema Dark House é afetado com maior intensidade durante o manejo pré-abate.

Conclusão

O sistema Dark House possui maior potencial para produção; com relação ao bem-estar, as aves produzidas neste sistema são acometidas de maior intensidade de estresse.

1Discente do curso de Mestrado Profissional em Tecnologia de Alimentos, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR-Londrina)

2Professores do Departamento de Ciência e Tecnologia dos Alimentos, da Universidade Estadual de Londrina (UEL)

3Pesquisador

4Professor doutor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR-Londrina)

* Por Rafael Humberto de Carvalho1; Adriana Lourenço Soares2; Moisés Grespan3; Fábio Augusto Garcia Coró4; Massami Shimokomaki2,4

Acesse e saiba mais 

Avicultura Industrial