A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) falou nesta quarta-feira (19) sobre os desafios do transporte de cabotagem no Brasil, durante o 1 º Workshop da Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem (Frenlog) do Senado.
À plateia formada por representantes de agências reguladoras, ministérios, iniciativa privada e parlamentares, Kátia Abreu afirmou que a cabotagem é o “desafio de maior importância para o setor de logística atualmente no país”. O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, também participou da reunião da Frenlog, presidida pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT).
Kátia Abreu apontou algumas medidas de curto prazo que, se adotadas, representariam economia de 18% no custo da cabotagem, tema ao qual dedicou parte do seu primeiro mandato como senadora. A isonomia no combustível foi um dos pontos destacados, uma vez que a cabotagem não tem isenção de PIS e Cofins, benefício que é concedido ao transporte de longa distância.
A ministra defendeu também a aplicação do resultado do trabalho realizado pela Comissão Nacional para Assuntos de Praticagem, a redução da burocracia e a adequação da tripulação ao porte dos navios. “Como posso ser competitiva se quem dita a quantidade de pessoas a trabalhar no meu navio é o governo brasileiro? Precisamos romper esse corporativismo e reverter essa imposição de mão de obra”, afirmou.
Preços mais baixos
Apesar dos desafios, Kátia Abreu disse que a cabotagem tem sido discutida na Casa Civil, sob liderança da presidente Dilma Rousseff. Com apoio do Congresso Nacional, das agências regulatórias e da iniciativa privada, os problemas poderão ser resolvidos, acrescentou.
Para a ministra, a melhora da logística e do transporte no Brasil interessa a todos os cidadãos, porque representa preços mais baixos ao consumidor final.
“Então, temos que nos obstinar nesse assunto e resolver os gargalos. O governo federal tem toda a disposição em fazer isso. A presidente Dilma Rousseff está imbuída em superar as dificuldades com um grande plano de concessões de mais de R$ 180 bilhões em financiamentos. Agora, temos luz no fim do túnel”, discursou Kátia Abreu.