A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (27), na Conferência da ONU para a Agenda de Desenvolvimento Pós 2015, em Nova York, que as metas do Brasil para redução das emissões de gases estufa são de 37% até 2025 e 43% até 2030, percentuais que tomam como base os registros de 2005. O compromisso será levado à Conferência do Clima, em Paris. Dilma afirmou que o país tem feito um grande esforço para reduzir as emissões sem comprometer o desenvolvimento.
“A Conferência de Paris é oportunidade única para construirmos uma resposta comum ao desafio global da mudança do clima. O Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento a assumir uma meta absoluta de redução de emissões”, disse a presidenta.
A presidenta citou ainda o que chamou de objetivos ambiciosos para o setor energético, com destaque para a garantia de 45% de fontes renováveis no total da matriz energética. No mundo, a média, segundo ela, é de 13%. Os demais anúncios feitos por Dilma incluem a participação de 66% de fonte hídrica na geração de eletricidade; a participação de 23% de fontes renováveis, eólica, solar e biomassa na geração de energia elétrica; o aumento de cerca de 10% na eficiência elétrica; e a participação de 16% de etanol carburante e demais fontes derivadas da cana-de-açúcar no total da matriz energética.
“Esta agenda exige a solidariedade global, a determinação de cada um de nós e o compromisso com o enfrentamento da mudança do clima”, disse. Segundo Dilma, para chegar à meta, o Brasil investirá no uso de energias renováveis, como eólica, solar e biocombustíveis, e aumentará o controle sobre o desmatamento na região da Amazônia.
“Reduzimos em 82% o desmatamento na Amazônia. Podem ficar certos que a ambição continuará a pautar nossas ações. Nossas obrigações devem ser ambiciosas, de forma coerente com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, disse a presidenta.
“As adaptações necessárias frente a mudança do clima estão sendo acompanhadas por transformações importantes nas áreas de uso da terra e florestas, agropecuária, energia, padrões de produção e consumo”, disse. “O Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento a assumir uma meta absoluta de redução de emissões. Temos uma das maiores populações e PIB do mundo e nossas metas são tão ou mais ambiciosas que aquelas dos países desenvolvidos”, completou.