Mato Grosso do Sul contará com seis termoelétricas gerando energia elétrica a partir da queima de madeira de eucalipto nos próximos anos. De acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, além das termoelétricas, cinco novas empresas vão ser instaladas na região sul nos próximos meses e todas elas vão usar a biomassa como matéria-prima.
As empresas armazenadoras de grãos, os aviários e os frigoríficos também usam a madeira e o cavaco do eucalipto para gerar calor e energia. As usinas de açúcar e de álcool e as fábricas de celulose já produzem energia a partir da biomassa.
Este é um mercado novo e crescente que usa energia limpa e renovável, agregando valor aos seus negócios florestais. A biomassa surge num momento em que a demanda mundial está voltada para o aperfeiçoamento da matriz energética, substituindo fontes fósseis e poluentes por combustível ecologicamente correto.
Os municípios de Três Lagoas e Maracaju receberam o programa Mais Floresta. “O programa quer difundir o potencial da silvicultura nas diferentes regiões porque o segmento é promissor e está em expansão no Estado, tanto pela produção de papel como de energia”, justifica. O Senar/MS tem oito cursos na área da silvicultura.
O palestrante de Dourados, José Carlos Bianchini Sottomaior, vai apresentar em sua palestra novidades em termos de equipamentos e tecnologias avançadas para a produção de biomassa não só de florestas, mas também de resíduos agrícolas e urbanos. “Por ser um produto natural, de fácil manuseio e elevada densidade energética, a biomassa do eucalipto – tanto na forma de cavaco como de pellet – tem como principal aplicação a geração de energia térmica, mas também pode ser utilizada como combustível para a geração de energia elétrica em indústrias, usinas termoelétricas e até na propriedade rural”, adianta.