A Crescente participação da energia elétrica, nos custos de produção, afeta diretamente a produtividade e viabilidade dos agricultores irrigados. Como forma de tornar a agropecuária ainda mais sustentável, a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão (FAEMA) junto com a empresa Enova, especializada em tecnologia, apresentaram, na tarde desta quarta-feira (28/10), aos membros da Subcomissão Nacional de Recursos Hídricos da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) um esboço de projeto para a instalação de energia solar para as atividades rurais.
O engenheiro eletricista e sócio proprietário da Enova, Cláudio Martins, apresentou a instalação da energia solar para projetos de irrigação, em áreas isoladas. Segundo ele, a ideia é ajudar o produtor a diminuir seus custos e primar pela preservação do meio ambiente. “A energia solar é uma forma gratuita, não poluente e limpa. Apesar do alto custo dos equipamentos de captação e transformação, o uso desta energia é uma das atitudes sustentáveis mais promissoras na luta contra a degradação do meio ambiente, pois ela é renovável, isto é, nunca se acaba”.
Para o assessor da FAEMA, Emerson Macedo, no Maranhão já existem algumas pequenas propriedades utilizando esse sistema, que tem sido benéfico para os produtores. “Além do fator da sustentabilidade, estamos promovendo o uso de tecnologias para a agropecuária. É uma inovação para o setor”, observou. Macedo acrescenta que por ser uma energia gratuita, os produtores só terão o custo de implantação. “O produtor vai gerar energia, ajudar a rede pública de fornecimento e ganhar com o sistema. No estado os produtores estão abertos a esse tipo de mudança”, ressaltou.
A Subcomissão Nacional de Recursos Hídricos da CNA recebeu a proposta de realização de três projetos técnicos de alocação de placas solares e especificou três locais potenciais (Petrolina/PE, Cristalina/GO e Santa Maria/RS), que têm condições climáticas diversas, para a realização de um projeto mais específico de viabilidade econômica. Agora, a empresa ENOVA vai levantar os custos de implantação e a viabilidade econômica nas três localidades. Caso o resultado seja positivo, a CNA deve propor a forma de utilização junto a todas as federações do Brasil.