O mercado dá sinais de que 2014 deve ser um ano menos remunerador para a soja no Brasil. Com o quadro de oferta e demanda pressionando a cotação da commodity, analistas de mercado falam em um cenário não tão favorável como o das últimas safras.
“Os preços serão menos remuneradores, oferecendo uma rentabilidade menor que a atualmente oferecida pelo mercado. A oferta internacional deve aumentar e isso exercer pressão sobre os preços”, diz Fernando Burgos, diretor geral da consultoria SAFRAS & Mercado.
Por enquanto os analistas dizem ser cedo para assumir posições que aponte a qual patamar de preços a soja chegará em 2014. No entanto, lembram que os valores orientam as decisões dos produtores e é uma variável que pode estimular ou reduzir a produção de um bem.
“Não é possível fazer futurologia, mas os fundamentos de mercado apontam claramente para uma tendência diferente”, disse ainda Burgos.
Na avaliação do especialista, o produtor rural precisa estar preparado para gerir os riscos, dominando não apenas os aspectos ligados à produção e produtividade no campo. Ou seja, estruturar operações que lhe permitam manter a renda na atividade.
“Nosso produtor é eficiente no campo, mas também enfrenta os riscos diversos como os do clima, das doenças. O que não depende de sua vontade é o comportamento de preços das commodities. A única coisa que resta é fazer gestão de risco de preço”, frisou Burgos.
A produção brasileira de soja para a temporada 2013/14 está estimada entre 87,4 milhões de toneladas e 90,2 milhões de toneladas, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).