O Complexo Campos Neutrais devolve ao Rio Grande do Sul o título que as eólicas de Osório perderam em 2012 para o complexo Alto Sertão I, na Bahia. Nesta segunda-feira, com a assinatura da ordem de serviço para as obras do Parque Eólico Chuí, dá-se mais um passo em direção ao predicado de maior complexo eólico da América Latina.
Somam-se ao Chuí o parque eólico Geribatu, em Santa Vitória do Palmar, e o parque eólico Hermenegildo, ainda em fase de licenciamento. Os três empreendimentos formam o Complexo Eólico Campos Neutrais, cujo investimento total é de R$ 3,5 bilhões — R$ 2,7 bilhões em geração e R$ 800 milhões em transmissão —, cifra inédita nas economias das pequenas cidades da metade sul.
Com 583 megawatts (MW) de capacidade instalada, o complexo terá 302 aerogeradores (72 no Chuí, 101 no Hermenegildo e 129 em Santa Vitória). O nome com o qual a Eletrosul resolveu batizar o conjunto de três empreendimentos resgata a história do Brasil no século 18: com o Tratado de Santo Ildefonso, assinado entre Portugal e Espanha em 1977, a área compreendida entre a Estação Ecológica do Taim e o Arroio Chuí não poderia ser ocupada, o que caracterizou a neutralidade da região.