Depois de leve expansão em abril, a economia brasileira teve retração de 0,18% em maio pela métrica do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerando a série com ajuste sazonal.
A variação mensal ficou acima da projeção média feita por 18 instituições consultadas pelo Valor Data, que sugeria queda de 0,3% para o indicador. O intervalo das projeções variava entre estabilidade e recuo de 0,7%.
A previsão feita pelas instituições ouvidas pelo Valor Data leva em consideração a retração de 0,6% da produção industrial no mês de maio e o resultado das vendas no varejo, que apontou alta de 0,5% no mesmo mês.
O IBC-Br de abril foi revisado de avanço de 0,12% para leve alta de 0,05%, com ajuste sazonal.
Sobre maio do ano passado, o IBC-Br aponta baixa de 0,17% na série sem ajuste e alta de 0,38% com ajuste. Em 12 meses, o avanço é de 1,93% e de 1,95% com ajuste.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O Produto Interno Bruto (PIB) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
No Relatório de Inflação de junho, o BC projetou crescimento do PIB de 1,6% em 2014, dado revisado de projeção inicial de 2%. A mediana mais recente das estimativas dos analistas consultados para a confecção do boletim Focus estimam avanço de 1,05%.