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Financial Times

Economistas não esperam nada muito diferente do novo governo Dilma

O jornal Financial Times repercutiu no início desta semana o resultado do relatório que apontou redução no superávit comercial e queda para as perspectivas de crescimento na economia brasileira neste ano e em 2015

Economistas não esperam nada muito diferente do novo governo Dilma

O blog do jornal Financial Times, Beyond Brics, repercutiu no início desta semana o resultado do relatório Focus, que apontou redução no superávit comercial e queda para as perspectivas de crescimento na economia brasileira neste ano e em 2015, e os relacionou com as promessas de Dilma Rousseff para o segundo mandato.

“Quando Dilma Rousseff foi reeleita em 26 de outubro, ela prometeu ser uma presidente muito melhor do que tinha sido durante o seu primeiro mandato (que termina em 31 de dezembro). O que quer que ela queira dizer com isso, os analistas não parecem acreditar que isso irá resultar em um crescimento econômico. Ao contrário: a última pesquisa semanal do Banco Central de economistas do mercado mostra o consenso sobre o crescimento do PIB este ano caindo para apenas 0,2% e, para 2015, caindo para um resultado não muito melhor, de alta de 0,8%”.
Já o câmbio deve terminar 2014 em R$ 2,50 por dólar, ao invés dos R$ 2,40 previsto há duas semanas. Isso, segundo o FT, parece ser uma estimativa conservadora já que está sendo negociado atualmente em torno de R$ 2,56 – em comparação aos cerca de R$ 2,25 em meados do ano. A expectativa é de que termine o próximo ano a R$ 2,60.

Houve alguma melhora nas perspectivas para a inflação, visto que terminou o ano em 6,39% de 6,45% anteriormente. “Mas a pesquisa Focus foi realizada antes da notícia de sexta-feira de que o preço da gasolina na Petrobras subiu somente 3%, ao invés dos 8% declaradamente solicitados pela estatal. O movimento era esperado para empurrar a inflação de preços ao consumidor acima do teto de 6,5% imposto pelo governo, de 2 pontos percentuais acima do seu “target” de 4,5%. De volta ao levantamento do banco central, a inflação foi revista para terminar o próximo ano em 6,4%, acima dos 6,32% na semana passada”.

“Há pouca expectativa que o segundo governo Dilma terá o tipo de choque positivo que os analistas têm esperado. As esperanças estavam elevadas em alguns setores na semana passada à espera de que Dilma iria nomear Henrique Meirelles para o Ministério das Fazenda. Meirelles era presidente do Banco Central no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e um dos pilares da ortodoxia econômica na época”, afirma o Financial Times. Dilma adiará suas nomeações para a economia para depois da cúpula do G20 em Brisbane, no final desta semana. “Durante seu primeiro mandato, a expectativa de ortodoxia econômica era escassa. Os economistas de mercado não preveem um retorno em breve”, conclui o blog.