Após dois anos (2012-2013) operando com margens apertadas, ou até mesmo negativas, em função da não equiparidade entre os custos de produção e os ganhos na atividade, a suinocultura em Mato Grosso agora respira com mais folga.
O alívio veio após a reação nos preços do quilo vivo dos animais, motivada pela reabertura de mercados internacionais como a Rússia, além da ainda redução no rebanho de matrizes. Na avaliação do setor produtivo, 2014 já pode ser considerado um ano de recuperação.
“Houve uma melhora no mercado e o produtor começa a deslumbrar um período de prejuízos lá de 2012”, afirma Custódio Rodrigues, diretor-executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat). Pelas contas da entidade, apenas no acumulado de janeiro até a novembro a valorização no quilo vivo do suíno chegou a 23%.
A média de preço calculada pela Associação saltou de R$ 3,25 no início do ano para cerca de R$ 4 até a terceira semana de novembro. No pico registrado em 2014 o valor já chegou a R$ 4,50.
No acumulado de 2013, por exemplo, a média paga ao produtor fechou o ano em R$ 3,23 o quilo do suíno. “O produtor começa neste momento a ver possibilidades para sanar suas questões, especialmente financeiras que houve na atividade”, avaliou ainda o diretor-executivo.
Venda x Custo
A relação preço de venda versus custo de produção atualmente no estado está em R$ 4 para R$ 2,70, conforme a Associação dos Criadores.