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AveSui 2013

Ceccantini: "Aplicar sustentabilidade na produção animal é tendência para o futuro"

Incluir ações sustentáveis na formulação de ração foi tema de palestra proferida pelo gerente de Desenvolvimento Técnico da Adisseo.

Ceccantini: "Aplicar sustentabilidade na produção animal é tendência para o futuro"

Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável. Este conceito pode ser aplicado, portanto, na produção animal e na formulação de rações. É o que indicou a apresentação de Márcio L. Ceccantini, gerente de Desenvolvimento Técnico da Adisseo, durante o Seminário Técnico-Científico da AveSui 2013.

Ceccantini enumerou pequenas ações sustentáveis que podem ser aplicadas na avicultura a partir do impacto da produção em galpão com 25 mil aves de 2,5 quilos, que somam 62 toneladas de aves vivas e consomem 112 de alimento numa conversão alimentar de 1,8. “Aplicar sustentabilidade na produção animal e na formulação de rações é tendência para o futuro, por isso vamos mostrar alguns fatores que contribuem para isto”, disse. Segundo o especialista, numa alimentação sem inclusão de Aminoácidos (AA), por exemplo, o “sustento” deste galpão necessitaria de 247 hectares de terra. Com aplicação de metionina, o número cairia para 197 ha. Com inclusão de outros AA, a área necessária seria de 185 ha. “Estes números mostram que a aplicação de tecnologia e a conclusão de estudos ligados à nutrição animal pode contribuir para uma produção sustentável, é a tecnologia em favor do meio ambiente”, exemplifica Ceccantini.

De acordo com o gerente da Adisseo, discutir sustentabilidade na formulação de ração exige mais estudo e planejamentos. Buscar por novas bases sem esquecer do uso responsável dos recursos naturais, do desempenho zootécnico e da eficiência da ração, e da lucratividade da cadeia. A aplicação de novas matérias-primas, por exemplo, devem ser consideradas. “O uso de farinhas de origem animal, por exemplo, pode ser considerada uma forma de ação sustentável na produção animal, sem esquecer, claro, de manter a seguridade alimentar. Acredito que a aplicação de 3% deste produção na formulação da ração geraria uma economia de 3% da área agricultável. De 185 ha para 178 ha”, destaca Ceccantini que ainda defende o uso de outras matérias-primas como algas marinhas, farinhas de insetos, etc. “É preciso mais estudos sobre estas substâncias, focar em enzimas que podem ser úteis na digestibilidade das mesmas a fim de aumentar a sustentabilidade da formulação de ração”, pontua.

Os aditivos incluídos na nutrição animal, como fitases e carbohidrolases, além dos processos de qualidade, avaliação e gastos energéticos também foram citados pelo especialista como fator de sustentabilidade. “A empresa que segue padrões de produção ganha em eficiência, em qualidade e em sustentabilidade”, conclui.