Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

P&D

Nanofibras de celulose podem ser extraídas de resíduos de dendê

A expectativa é que os resultados obtidos contribuam para o desenvolvimento de aplicações com maior valor agregado para os resíduos da produção de óleo de dendê.

Nanofibras de celulose podem ser extraídas de resíduos de dendê

Pesquisa liderada pela Embrapa Agroenergia (Brasília/DF) conseguiu purificar a celulose de cachos vazios de palma-de-óleo, conhecida popularmente como dendê. Além disso, os cientistas extraíram nanofibras de celulose desse material. A expectativa é que os resultados obtidos contribuam para o desenvolvimento de aplicações com maior valor agregado para os resíduos da produção de óleo de dendê.

Atualmente, as indústrias obtêm celulose principalmente de florestas plantadas e utilizam esta celulose para a produção de papel. O material obtido nos laboratórios da Embrapa Agroenergia, contudo, pode ter outras aplicações. As nanofibras estão sendo caracterizadas por diversas técnicas instrumentais e, após essa etapa, serão testadas como reforço à borracha natural. A ideia é obter um material que possa ser incorporado à borracha sem comprometer as propriedades da mesma.

A palma-de-óleo é uma das mais importantes fontes de óleo vegetal no mundo. Há grande expectativa pelo aumento da produção de dendê no Brasil, principalmente para fornecer matéria-prima às usinas de biodiesel, no contexto do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. O zoneamento agroecológico da cultura realizado pela Embrapa e pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento aponta que no País há cerca de 30 milhões de hectares de terras apropriadas para o plantio de dendê, sem comprometer de áreas de proteção ambiental.