Uso de biomassa florestal para produção de energia é destaque do segundo dia do I Seminário Internacional de Biomassa & Bioenergia

Consumido principalmente por indústrias siderúrgicas, a energia proveniente da biomassa florestal – como carvão vegetal e lenha – coloca o Brasil em posição de destaque em energia renovável. Entre as vantagens do consumo deste tipo de biomassa, destaca-se o fato de ser um combustível renovável com impacto nulo sobre o efeito estufa. Com isso, o Brasil é apontado por especialistas como o país com maior potencial de projetar-se como líder no mercado bioenergético. No entanto, existem fatores importantes que devem ser considerados sobre o uso da biomassa florestal.  Helton Damin da Silva, chefe-geral da Embrapa Florestas, destaca, por exemplo, que a utilização da biomassa proveniente de florestas, o contrário do que se pode especular, não deve contribuir para o processo de devastação das florestas brasileiras. “É preciso criar normas para que o uso de biomassa como fonte de energia seja exclusivamente a partir de florestas plantadas, e certificadas e produzidas em condições de boas de práticas de manejo”, avalia. 

Silva, juntamente com o pesquisador da Embrapa Florestas, Antonio Francisco Jurado Bellote, discutirá este e outros temas pertinentes ao uso da biomassa florestal dentro do I Seminário Internacional de Biomassa & Bioenergia, que inicia sua programação técnica hoje (03/04( e segue até amanhã, 04 de abril, na Expo Center Norte, em São Paulo (SP). Responsáveis pela coordenação técnica do seminário, abordagens referentes a escolha de espécies para produção de biomassa florestal, técnicas silviculturas e seus efeitos na produtividade florestal e produção de etanol a partir de biomassa florestal estarão presentes nas palestras, entre outras discussões interessantes. 

A escolha da Embrapa Florestas como uma das coordenadoras deste ciclo de palestras agrega muito valor ao I Seminário Internacional de Biomassa & Bioenergia. A entidade já colocou um significativo número de tecnologias à disposição do setor florestal brasileiro. Elas permitem melhor eficiência produtiva, a redução dos custos de produção, o aumento da oferta de produtos florestais e agrícolas no mercado e, simultaneamente, conservam o meio ambiente. Esta grande experiência será refletida através dos paineis coordenados por Silva e Bellote.