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Energia Alternativa

Energia alternativa: saída via subprodutos da madeira

Estas são algumas das metas extraídas do VI Congresso Internacional de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Indústria de Base Florestal e de Geração de Energia, o Madeira 2012.

Energia alternativa: saída via subprodutos da madeira

Sair da monocultura do eucalipto ou do pinus, investir em múltiplos cultivos e buscar a sustentabilidade do setor de floresta plantada do Brasil, a partir, também, do aproveitamento energético dos subprodutos da madeira, que, hoje, vão parar no lixo. Estas são algumas das metas extraídas do VI Congresso Internacional de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Indústria de Base Florestal e de Geração de Energia, o Madeira 2012, realizado em Vitória, com a participação de observadores do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

De acordo com a analista ambiental da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA, Luísa Rocha, o importante para o Ministério é contribuir para deixar o setor florestal mais sustentável, considerando-se o que os empresários dessa atividade estão fazendo e propondo para modernizar a exploração da madeira plantada. A partir da nova Lei Florestal 12.651/2012, o MMA pode ajudar a aperfeiçoar o plantio e a exploração de florestas de plantio diversificado, dando fomento aos pequenos produtores para saírem da monocultura, explica Luísa Rocha.

O analista ambiental da Felipe Diniz complementa: “Fomos aos Madeira 2012 para colher subsídios que auxiliem a formação de políticas voltadas para o setor de floresta plantada, dentro do contexto da nova Lei Florestal”. Para o governador do Espírito Santo e presidente do Conselho Empresarial e Científico do evento, Renato Casagrande, o lema é sair da monocultura e diversificar para sobreviver.

Energia sustentável – Dentro dessa proposta de diversificação está incluído o total e correto aproveitamento de casacas de árvore e de arroz, além de serragem e outros subprodutos provenientes do processamento da madeira na produção de bioenergia resultante da biomassa extraída da produção de celulose.

Para o presidente do Instituto Nacional de Eficiência Energética, o pesquisador Jayme Buarque de Holanda, o Brasil vive uma cultura de desperdício e ineficiência em termos energéticos: “Os combustíveis da cadeia energética da madeira são as únicas formas de energia produzidas, transportadas e comercializadas no Brasil à margem de qualquer regulamentação energética”.

O pesquisador cita como exemplo do desperdício brasileiro o fato de países da Europa terem movimentado, em 2010, cerca de 2 bilhões de euros na comercialização de pallets (tabletes prensados, produzidos com resíduos de serragem de madeira para a queima em fornos industriais) e demais subprodutos, as chamadas commodities energéticas. Mas, alerta o analista Felipe Diniz, para o país chegar nesse ponto é necessário investir em inovação tecnológica com aplicação no mercado, beneficiando as empresas do setor.

O VI Congresso Internacional de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Indústria de Base Florestal e de Geração de Energia foi realizado pelo Instituto Besc de Humanidades e Economia nos dias 28 e 29 de junho. Para discutir formas de inovar as atividades do setor (que represen ta 4,5% do PIB brasileiro e emprega 9% da população economicamente ativa do país) e debater temas estratégicos para o aprimoramento da governança corporativa, enfrentamento de crises econômicas e eficiência empresarial, o Madeira 2012 reuniu cerca de 300 participantes dos segmentos industriais, além de técnicos, pesquisadores, consultores e dirigentes públicos e de pequenas e médias empresas. (informações do MMA).