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Mercado Externo

Milho caro põe os americanos contra o etanol

Setor produtor de carnes nos Estados Unidos decidiu pedir ao governo que suspenda temporariamente o mandato de produção de etanol.

Milho caro põe os americanos contra o etanol

O setor produtor de carnes nos Estados Unidos, preocupado em comprar milho a preços mais acessíveis para alimentação animal, decidiu pedir ao governo que suspenda temporariamente o mandato de produção de etanol, que obriga o direcionamento de grande parte da safra para o biocombustível.

“Os produtores americanos de carne suína estão extremamente preocupados, dada a seca que afeta as regiões de cultivo de milho no país”, disse Randy Spronk, presidente do Conselho Nacional de Produtores de Suínos.

A Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) pode avalizar, em caso de emergência, a renúncia ao mandato, que obriga a adição de gasolina ao etanol no combustível. Os produtores de suínos, aves e bovinos dos EUA pedem a interrupção da mistura para o restante deste ano e para 2013.

A legislação americana para o setor de combustíveis renováveis exige que 15,2 bilhões de galões (57,45 bilhões de litros) de etanol – a maior parte derivada de milho – sejam misturados à gasolina este ano. Mais de um terço do grão colhido nos EUA vai para a produção de etanol, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). “A disponibilidade de milho este ano é incerta e terei que tomar decisões difíceis para a compra de ração”, disse John Burkel, produtor de perus em Minnesota.