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P&D

Organizar é o primeiro passo

A união dos suinocultores e abatedouros é o primeiro e mais importante passo para a Indicação Geográfica. Incs promoveu encontro entre representantes do setor e a Embrapa Suínos e Aves.

Um encontro na tarde de hoje,11, foi o primeiro passo para a organização entre produtores de suínos e proprietários de pequenos e médios frigoríficos da região. O encontro foi promovido pelo Instituo Nacional da Carne Suína (Incs) e a Embrapa Suínos e Aves e tem como objetivo, discutir e nortear um rumo para a cadeia produtiva de suinocultores não integrados e frigoríficos que tem foco no mercado interno, a se unirem em torno de uma única marca ou selo.
Segundo o presidente do Incs, Wolmir de Souza, a produção de suínos na região Oeste de Santa Catarina, já é reconhecida pela qualidade e diferencial, “precisamos validar este diferencialpara agregar valor ao produto”. Existe uma série de exigências estabelecidas, que produtores e frigoríficos que tiverem interesse em fazer parte desde grupo, precisam cumprir, “mas pela qualidade que já apresentamos, tanto na produção quanto na industrialização, dentro das normas de boas práticas de fabricação, sanidade e rastreabilidade, não será difícil alcançar esta certificação”, adianta.

Orientações

O pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos do Rio de Janeiro, Murilo Freire Júnior, elencou durante o encontro, alguns princípios para iniciar o estudo da certificação, como conceitos técnicos de produção que o mercado requer, o consumidor precisa reconhecer o diferencial cultural, de qualidade e segurança alimentar que o produto oferece. Freire enumera ainda a sensibilidade e organização, a formação de um conselho regulador, criação de um regulamento interno de uso, definir a área geográfica de abrangência, criação de um selo e registrar este selo.
Para os produtores e frigoríficos, é preciso definir a importância sócio econômica, o tamanho de mercado para este produto diferenciado, quem e quantos podem pagar pelo produto, o preço e o custo médio de produção. O pesquisador lembrou ainda que no Brasil, são apenas seis produtos que receberam a certificação com o selo de origem, diversificado entre vinho, carne, couro, cachaça e frutas. “Em Santa Catarina é o primeiro processo que está em andamento para buscar este diferencial”.

Agregação de valor
O chefe adjunto de Comunicação e Negócios da Embrapa Suínos e Aves de Concórdia, Gilberto Schmidt, diz que o sistema é uma forma de agregar valor e valorizar o produto que já é diferenciado pela qualidade. Ele conta que os primeiros passos são os mais difíceis e lentos, “que é a organização e entendimento de um objetivo comum em ter produtores e frigoríficos”, alerta. Schmidt adianta porém que antes disso tudo, o produtor precisa ter certeza de mercado e o frigorífico a segurança de que vai ter animais para abater.

Próximo passo
Ficou a cargo do Incs, a organização do próximo encontro que deve ocorrer no dia 8 de fevereiro. Para este dia, serão convidados todos os frigoríficos que estão em funcionamento nos 16 municípios do Alto Uruguai Catarinense. “Neste dia vamos explicar todo este processo, o trabalho que teremos para encaminhar esta certificação e as vantagens que também teremos, a partir daí, quem tiver interesse em continuar neste projeto será cadastrado e iremos fazer um trabalho mais especifico”, adianta Wolmir de Souza. Os frigoríficos que entrarão no processo, devem ter em mãos a relação dos suinocultores que fornecem matéria prima, para fazer um encontro especifico com este grupo num segundo momento.